DA ENVIADA A PEQUIM

A seleção feminina irá enfrentar a força das cortadas norte-americanas guiadas por ordens chinesas. Desde 2005, a equipe dos EUA é comandada por uma das mais respeitadas estrelas da história do esporte chinês, Lang Ping, campeã olímpica em Los Angeles-84.
Para a torcida de Pequim, pouco importa que a ex-jogadora vista a camisa de seu principal rival na disputa pelo topo no quadro de medalhas.
Um exemplo dessa devoção foi dado na vitória dos EUA sobre a China, por 3 sets a 1, na primeira fase da competição.
Cerca de 13 mil pessoas lotaram o Ginásio Capital, entre elas, o presidente Hu Jintao. Quando teve seu nome anunciado, Lang foi ovacionada. Segundo números oficiais, o jogo foi visto por 250 milhões de pessoas só na China.
A técnica, no entanto, diz que não se influencia por essa devoção. "Não importa contra quem eu jogue, China, EUA, Rússia, cada jogo é um jogo, e eu me concentro na partida, não nas emoções", afirmou.
Além de ter o apoio da torcida hoje, Lang terá a chance de jogar contra, talvez, seu adversário mais conhecido.
No último ciclo olímpico, brasileiras e americanas fizeram uma série de amistosos.
"É o time que a gente mais conhece, e é o adversário que mais nos conhece também", afirmou o técnico Zé Roberto sobre o rival de hoje.
"Depois da vitória sobre Cuba [por 3 sets a 0, na semifinal], elas ganharam confiança maior ainda", afirmou. (ML)


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