São Paulo, sábado, 23 de agosto de 2008

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Depois de 5 Jogos, Fofão tem última chance de conseguir seu maior feito

DA ENVIADA A PEQUIM

Cinco Olimpíadas, cinco semifinais, dois bronzes, 18 anos na seleção brasileira.
Nunca Fofão esteve tão perto de realizar o maior feito de sua carreira. E não pode desperdiçar a chance. A mais vitoriosa levantadora do Brasil se despede hoje da seleção na primeira final olímpica do vôlei feminino do país.
"Estou aproveitando ao máximo cada segundo. Todo mundo sabe a importância dessa camisa para mim, é a minha vida, então não quero ficar pensando muito nisso agora", afirmou ela, após a semifinal contra a China.
Durante muito tempo, Fofão esteve à sombra de Fernanda Venturini na seleção.
No bronze de Atlanta-96, a ex-companheira era titular. Assumiu o posto em 1999, quando a dona da vaga anunciou a aposentadoria pela primeira vez. "Acho que fui muito paciente. Tive a tranqüilidade de esperar este momento. Estou muito contente. Mas não satisfeita ainda porque a final está pra chegar."
Referência em quadra, tida como uma das maiores levantadoras da história, também foi primordial fora dos jogos. Aos 38, é a líder tímida, de poucas palavras, mas com olhar atento e pulso firme com o que ocorre no grupo.
"Ela é mais velha, mais experiente e muito querida por todas. A Fofão tem tranqüilidade e equilíbrio admiráveis", disse a psicóloga Sâmia Hallage, que trabalha com o grupo.
Como "mãezona", tem se divertido, mas não se intimida. "Esse grupo é bem bacana. Existe um respeito muito grande. Nós gostamos de estar juntas, dar risada. Às vezes dou uns puxões de orelha quando percebo uma que quer fugir. Mas meu trabalho é menor do que eu pensava."
Capitã do time, é uma das remanescentes do grupo quarto colocado em Atenas-04 -era reserva de Fernanda.
Desde então, assumiu o posto e foi ao pódio em todos os torneios. Só não venceu a Copa do Mundo, o Mundial e o Pan-07 -ficou com a prata.
As duas últimas derrotas doeram. Foram a última chance de conquistar um título que ainda não tinha. Oportunidade que não quer desperdiçar hoje. (ML)


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