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Depois de 5 Jogos, Fofão tem última chance de conseguir seu maior feito
DA ENVIADA A PEQUIM
Cinco Olimpíadas, cinco
semifinais, dois bronzes, 18
anos na seleção brasileira.
Nunca Fofão esteve tão
perto de realizar o maior feito
de sua carreira. E não pode
desperdiçar a chance. A mais
vitoriosa levantadora do Brasil se despede hoje da seleção
na primeira final olímpica do
vôlei feminino do país.
"Estou aproveitando ao
máximo cada segundo. Todo
mundo sabe a importância
dessa camisa para mim, é a
minha vida, então não quero
ficar pensando muito nisso
agora", afirmou ela, após a semifinal contra a China.
Durante muito tempo, Fofão esteve à sombra de Fernanda Venturini na seleção.
No bronze de Atlanta-96, a
ex-companheira era titular.
Assumiu o posto em 1999,
quando a dona da vaga anunciou a aposentadoria pela primeira vez. "Acho que fui muito paciente. Tive a tranqüilidade de esperar este momento. Estou muito contente.
Mas não satisfeita ainda porque a final está pra chegar."
Referência em quadra, tida
como uma das maiores levantadoras da história, também
foi primordial fora dos jogos.
Aos 38, é a líder tímida, de
poucas palavras, mas com
olhar atento e pulso firme
com o que ocorre no grupo.
"Ela é mais velha, mais experiente e muito querida por
todas. A Fofão tem tranqüilidade e equilíbrio admiráveis",
disse a psicóloga Sâmia Hallage, que trabalha com o grupo.
Como "mãezona", tem se
divertido, mas não se intimida. "Esse grupo é bem bacana.
Existe um respeito muito
grande. Nós gostamos de estar juntas, dar risada. Às vezes
dou uns puxões de orelha
quando percebo uma que
quer fugir. Mas meu trabalho
é menor do que eu pensava."
Capitã do time, é uma das
remanescentes do grupo
quarto colocado em Atenas-04 -era reserva de Fernanda.
Desde então, assumiu o
posto e foi ao pódio em todos
os torneios. Só não venceu a
Copa do Mundo, o Mundial e
o Pan-07 -ficou com a prata.
As duas últimas derrotas
doeram. Foram a última
chance de conquistar um título que ainda não tinha.
Oportunidade que não quer
desperdiçar hoje.
(ML)
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