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Empresária vai para prisão considerada reduto do PCC
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Logo depois de ter sido presa,
a empresária Eliana Tranchesi
foi levada para o IML (Instituto
Médico Legal) e examinada por
um médico. O procedimento
no IML é padrão e tem a função
de descobrir se a pessoa sofreu
ou não algum tipo de abuso por
parte dos policiais que a detiveram e também as condições de
saúde do examinado.
Assim que deixou o IML,
Tranchesi foi levada para a Penitenciária Feminina da Capital, no Carandiru (zona norte
de São Paulo).
Ao chegar à prisão, a empresária foi obrigada a trocar suas
roupas pelo uniforme padrão
das detentas: camiseta branca
sem nenhum tipo de estampa e
calça amarela ou cáqui.
Normalmente, o calçado é o
que a pessoa usava quando chegou ao presídio, mas sem os cadarços -para evitar que a presa
os utilize para tentar se matar.
Assim como todas as pessoas
que são presas no sistema prisional de São Paulo, a dona da
Daslu deve ficar dez dias em cela isolada. O lugar tem 6 m2.
Nesse período, ela só poderá
receber visitas de seus advogados de defesa e não conviverá
com as demais detentas.
A Penitenciária Feminina da
Capital tem 450 vagas e hoje
abriga 810 mulheres -muitas
presas por tráfico.
É a mesma prisão na qual Suzane Louise von Richthofen,
condenada pelo assassinato
dos pais, foi mantida refém durante rebelião feita por presas
ligadas ao PCC (Primeiro Comando da Capital). No motim,
uma detenta foi morta.
A Penitenciária Feminina da
Capital, de acordo com agentes
prisionais, é considerada um
dos redutos femininos da organização criminosa no Estado.
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