São Paulo, sexta-feira, 27 de março de 2009

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Empresária vai para prisão considerada reduto do PCC

ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Logo depois de ter sido presa, a empresária Eliana Tranchesi foi levada para o IML (Instituto Médico Legal) e examinada por um médico. O procedimento no IML é padrão e tem a função de descobrir se a pessoa sofreu ou não algum tipo de abuso por parte dos policiais que a detiveram e também as condições de saúde do examinado.
Assim que deixou o IML, Tranchesi foi levada para a Penitenciária Feminina da Capital, no Carandiru (zona norte de São Paulo).
Ao chegar à prisão, a empresária foi obrigada a trocar suas roupas pelo uniforme padrão das detentas: camiseta branca sem nenhum tipo de estampa e calça amarela ou cáqui.
Normalmente, o calçado é o que a pessoa usava quando chegou ao presídio, mas sem os cadarços -para evitar que a presa os utilize para tentar se matar.
Assim como todas as pessoas que são presas no sistema prisional de São Paulo, a dona da Daslu deve ficar dez dias em cela isolada. O lugar tem 6 m2. Nesse período, ela só poderá receber visitas de seus advogados de defesa e não conviverá com as demais detentas.
A Penitenciária Feminina da Capital tem 450 vagas e hoje abriga 810 mulheres -muitas presas por tráfico.
É a mesma prisão na qual Suzane Louise von Richthofen, condenada pelo assassinato dos pais, foi mantida refém durante rebelião feita por presas ligadas ao PCC (Primeiro Comando da Capital). No motim, uma detenta foi morta.
A Penitenciária Feminina da Capital, de acordo com agentes prisionais, é considerada um dos redutos femininos da organização criminosa no Estado.


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