São Paulo, quinta-feira, 30 de julho de 2009

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MEC divulga simulado do Enem com 40 questões

A prova, que é dividida em quatro áreas, já pode ser conferida na Folha Online

Exame se baseia em método que não leva em conta só o número de erros e acertos, mas também o nível de dificuldade dos testes

ANGELA PINHO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

RICARDO GALLO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Inep, instituto ligado ao Ministério da Educação que realiza o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), divulgou ontem um modelo da prova que será aplicada neste ano. O simulado tem 40 perguntas, dez de cada área (linguagem, matemática, ciências humanas e ciências da natureza).
O Enem real, que será aplicado em 3 e 4 de outubro, terá 180 questões (45 de cada área) e uma redação.
Quem estiver atento e estudando o conteúdo do ensino médio está preparado para o novo Enem, avaliaram dois cursinhos -Etapa (SP) e Dom Bosco (PR)- que analisaram o simulado a pedido da Folha.
O candidato que fizer o simulado terá o gabarito, mas não conseguirá saber a nota que tirou. Isso porque o exame foi construído com base em um modelo matemático chamado TRI (Teoria de Resposta ao Item). Diferentemente das provas convencionais, a TRI não leva em conta só o número de erros e acertos, mas dá pesos diferentes às questões conforme o seu nível de dificuldade -fácil, intermediário ou difícil.

"Antichute"
A novidade da TRI é um mecanismo "antichute", que dá uma pontuação menor quando se avalia que o aluno acertou uma questão por mera sorte.
Isso pode ser detectado, por exemplo, quando um candidato acerta todas as perguntas difíceis e erra as mais fáceis.
A nota que o Inep vai calcular posiciona o aluno em uma escala de habilidade -que vai de 100 a 500, por exemplo.
"Você já fez exame de sangue? É tão complicado quanto [a TRI] e a gente acredita [no resultado]", compara o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes. A TRI é usada em avaliações como a Prova Brasil e o equivalente norte-americano do Enem, o SAT.
Fernandes nega a possibilidade de um aluno eventualmente ser prejudicado por saber todas as questões difíceis e se complicar justamente nas fáceis. Isso porque, antes de colocar uma questão no Enem, ela é submetida a diversos testes com alunos do segundo ano do ensino médio e do primeiro de universidades. Quando acontece uma situação como essa, o Inep elimina a questão do banco de perguntas.
Mesmo com a TRI, a melhor solução para o aluno que não sabe a resposta continuará sendo o chute. Respostas erradas ou em branco são equivalentes -não contam pontos.


Veja as questões do simulado em

www.folha.com.br/092101


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