|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MEC divulga simulado do Enem com 40 questões
A prova, que é dividida em quatro áreas, já pode ser conferida na Folha Online
Exame se baseia em método que não leva em conta só o número de erros e acertos, mas também o nível de dificuldade dos testes
ANGELA PINHO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
RICARDO GALLO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Inep, instituto ligado ao
Ministério da Educação que
realiza o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), divulgou
ontem um modelo da prova que
será aplicada neste ano.
O simulado tem 40 perguntas, dez de cada área (linguagem, matemática, ciências humanas e ciências da natureza).
O Enem real, que será aplicado
em 3 e 4 de outubro, terá 180
questões (45 de cada área) e
uma redação.
Quem estiver atento e estudando o conteúdo do ensino
médio está preparado para o
novo Enem, avaliaram dois
cursinhos -Etapa (SP) e Dom
Bosco (PR)- que analisaram o
simulado a pedido da Folha.
O candidato que fizer o simulado terá o gabarito, mas não
conseguirá saber a nota que tirou. Isso porque o exame foi
construído com base em um
modelo matemático chamado
TRI (Teoria de Resposta ao
Item). Diferentemente das
provas convencionais, a TRI
não leva em conta só o número
de erros e acertos, mas dá pesos
diferentes às questões conforme o seu nível de dificuldade
-fácil, intermediário ou difícil.
"Antichute"
A novidade da TRI é um mecanismo "antichute", que dá
uma pontuação menor quando
se avalia que o aluno acertou
uma questão por mera sorte.
Isso pode ser detectado, por
exemplo, quando um candidato
acerta todas as perguntas difíceis e erra as mais fáceis.
A nota que o Inep vai calcular
posiciona o aluno em uma escala de habilidade -que vai de
100 a 500, por exemplo.
"Você já fez exame de sangue? É tão complicado quanto
[a TRI] e a gente acredita [no
resultado]", compara o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes. A TRI é usada em avaliações como a Prova Brasil e o
equivalente norte-americano
do Enem, o SAT.
Fernandes nega a possibilidade de um aluno eventualmente ser prejudicado por saber todas as questões difíceis e
se complicar justamente nas
fáceis. Isso porque, antes de colocar uma questão no Enem,
ela é submetida a diversos testes com alunos do segundo ano
do ensino médio e do primeiro
de universidades. Quando
acontece uma situação como
essa, o Inep elimina a questão
do banco de perguntas.
Mesmo com a TRI, a melhor
solução para o aluno que não
sabe a resposta continuará sendo o chute. Respostas erradas
ou em branco são equivalentes
-não contam pontos.
Veja as questões do
simulado em
www.folha.com.br/092101
Texto Anterior: Marcos Augusto Corsini (1948-2009): A paixão de um advogado pelos carros Próximo Texto: Exame deste ano será mais difícil, dizem cursinhos Índice
|