São Paulo, quinta-feira, 30 de julho de 2009

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MARCOS AUGUSTO CORSINI (1948-2009)

A paixão de um advogado pelos carros

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Em abril de 1990, o advogado vidrado em carros Marcos Corsini, cujo sonho era ter sido piloto de Fórmula 1, participou de uma homenagem à então prefeita de São Paulo, Luiza Erundina, entregando-lhe um diploma.
Marcos era o presidente da Federação de Automobilismo de SP, cargo que exercia desde meados dos anos 80.
Com a reforma de Interlagos, a prefeitura conseguiu, em março daquele ano, devolver à cidade o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, que vinha ocorrendo no Rio. O diploma dado à prefeita era uma forma de gratidão.
Mesmo não tendo chegado à categoria na qual gostaria de correr, Marcos não desistiu de pilotar, conta sua mulher, a pedagoga Lucinha. "Ele disputava corridas de carros antigos." E teve muitos desses automóveis? Segundo a mulher, sim. "Mas vivia trocando de carro."
Marcos teve de Fusca a Mini Cooper. Seu sonho de consumo -um Porsche- não chegou a realizar.
Formado em direito nos anos 70, exerceu por um curto tempo a advocacia. Trabalhou por longos anos em empresas de engenharia. Ativo, integrou ainda várias associações de apaixonados por carros. Foi conselheiro do Automóvel Clube Paulista.
Como lembra Carlos Montagner, que foi seu vice na federação, Marcos -"divertido" e "brincalhão"- era sempre encontrado no restaurante Bolinha, em SP. "Nos últimos tempos, ele ia pelo menos uma vez por semana lá", diz a mulher.
Morreu na sexta, aos 61, após sofrer uma infarto. Deixa dois filhos. A missa de sétimo dia será hoje, às 19h, na igreja São José, em SP.

coluna.obituario@uol.com.br


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