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MARCOS AUGUSTO CORSINI (1948-2009)
A paixão de um advogado pelos carros
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Em abril de 1990, o advogado vidrado em carros Marcos Corsini, cujo sonho era
ter sido piloto de Fórmula 1,
participou de uma homenagem à então prefeita de São
Paulo, Luiza Erundina, entregando-lhe um diploma.
Marcos era o presidente da
Federação de Automobilismo de SP, cargo que exercia
desde meados dos anos 80.
Com a reforma de Interlagos, a prefeitura conseguiu,
em março daquele ano, devolver à cidade o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, que
vinha ocorrendo no Rio. O
diploma dado à prefeita era
uma forma de gratidão.
Mesmo não tendo chegado
à categoria na qual gostaria
de correr, Marcos não desistiu de pilotar, conta sua mulher, a pedagoga Lucinha.
"Ele disputava corridas de
carros antigos." E teve muitos desses automóveis? Segundo a mulher, sim. "Mas
vivia trocando de carro."
Marcos teve de Fusca a
Mini Cooper. Seu sonho de
consumo -um Porsche-
não chegou a realizar.
Formado em direito nos
anos 70, exerceu por um curto tempo a advocacia. Trabalhou por longos anos em empresas de engenharia. Ativo,
integrou ainda várias associações de apaixonados por
carros. Foi conselheiro do
Automóvel Clube Paulista.
Como lembra Carlos Montagner, que foi seu vice na federação, Marcos -"divertido" e "brincalhão"- era
sempre encontrado no restaurante Bolinha, em SP.
"Nos últimos tempos, ele ia
pelo menos uma vez por semana lá", diz a mulher.
Morreu na sexta, aos 61,
após sofrer uma infarto. Deixa dois filhos. A missa de sétimo dia será hoje, às 19h, na
igreja São José, em SP.
coluna.obituario@uol.com.br
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