Antes só equipada com propulsor 1.8 "beberrão", Chevrolet ficou econômica e barata; parte de R$ 29.960

DA REPORTAGEM LOCAL

Quando as picapes leves foram criadas, só se falava em capacidade de carga e versatilidade no trânsito. Anos depois, os departamentos de marketing das montadoras deram outro sentido ao segmento: fizeram dos utilitários veículos para se levar pranchas de surf e motos.
Mas esse espírito aventureiro nunca segurou as vendas de Volkswagen Saveiro, a mais antiga, e Fiat Strada. Esta última, inclusive, só é líder isolada do segmento por pegar pesado nas vendas para pessoas jurídicas.
A Chevrolet, desde que substituiu a picape Corsa 1.6 pela Montana 1.8, em 2004, perdeu sua representante no segmento de veículos leves para o trabalho. Agora, a montadora tenta correr atrás do tempo perdido. E está conseguindo.
Em setembro, a GM emplacou 2.650 Montana e ultrapassou a Saveiro (1.951), a vice-líder em 2007. Mas ainda está longe da Strada, que vendeu 4.598 picapes no mês passado.

Preço imbatível
A primeira medida da GM para conter a rival da Fiat foi igualar as capacidades cúbicas dos motores. Na "estante", estava o propulsor 1.4 do Prisma, que foi remapeado e ganhou 11% a mais de potência. Na Montana, ele gera 99 cv com gasolina e 105 cv com álcool. É mais do que muitos 1.6 na ativa.
Na pista, o resultado só poderia ser positivo. Segundo o teste Folha-Mauá, a picape precisou de 12,86s para ir a 100 km/ h.
Mesmo com o ganho de potência, a Montana apresentou baixo consumo. Com álcool, fez média de 9,8 km/l. Já com gasolina, essa média subiu para quase 13 km/l, aponta o teste.
Ambas as médias são melhores que as da Montana 1.8 -8,35 km/l e 11,85 km/l, respectivamente-, testada pelo IMT (Instituto Mauá de Tecnologia) em 2005.
O preço também está mais atraente. Se antes a Montana mais barata, a Conquest 1.8, custava R$ 33.981, agora a versão 1.4 parte de R$ 29.960, R$ 3.890 a menos do que a sua principal rival, a Strada. (FS)