São Paulo, quinta-feira, 21 de abril de 2011

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Cingapura é lugar único para os viajantes que se iniciam em Ásia

Separada da Malásia há 46 anos, cidade-Estado já é um dos dez países mais ricos do planeta

Com empreendimentos ousados, como cassinos e hotéis de luxo, país já recebe duas vezes mais turistas do que o Brasil

Priscila Pastre-Rossi/Folhapress
Encimado por terraço com piscina e vegetação luxuriantes, o complexo Marina Bay é destaque nas proximidades do porto

PRISCILA PASTRE-ROSSI
ENVIADA ESPECIAL A CINGAPURA

"Cingapura é lugar único para quem se inicia em Ásia". A frase foi dita por um dos passageiros do voo inaugural São Paulo-Cingapura, da Singapore Airlines, no último dia 28. E é, de fato, a que melhor define a viagem.
Uma jornada de 24 horas -sem contar os 70 minutos de espera para a conexão, feita em Barcelona -que termina em uma cidade-Estado intrigante. Um país de maioria chinesa -além de malaios e indianos- que tem no inglês a língua mais falada e cujo trânsito é em mão-inglesa.
Nessa ilhota da extremidade sul da península Malaia, você vai esbarrar em gente do mundo inteiro. Pessoas que resolveram se mudar de mala e cuia para esse novo país, atraídas por seu espantoso e rápido crescimento.
Independente do Reino Unido há 48 anos e separada da Malásia há 46, Cingapura já é um dos dez países mais ricos do planeta e sustenta um dos mais altos PIBs do mundo. Ao lado de Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan, é um dos quatro tigres asiáticos. Mas quer mais.
E mostra isso em nada modestos empreendimentos, que incluem cassinos e cartões-postais de peso.
Casos da Singapore Flyer (a maior roda-gigante do mundo, com 165 metros) e do Marina Bay, projetado por Moshe Safdie, israelense radicado no Canadá. O complexo tem hotel, restaurantes de chefs estrelados, centro de compras e piscina de "borda infinita" no 55º andar.
Resultado: o turismo não para de crescer em Cingapura. Com um território de 697 km2, equivalente a 3% da área de Sergipe (o menor Estado brasileiro), Cingapura recebeu, em 2010, o dobro de turistas recebidos pelo Brasil. Foram 11,6 milhões contra 5,16 milhões de visitantes.
Mas não são só as atrações hi-tech que convidam para Cingapura. Para passeios mais na linha "vida real", vá às regiões de Chinatown, Arab Street e Little India.
Visitas aos chamados "hawker centers" (centros de camelôs, em português), como o Newton Circus Hawker Center, o Maxwell Road Centre e o Lau Pa Sat, são obrigatórias. Ali, a comida de rua é famosa, boa e barata. Prove o chilli crab, prato de caranguejo cuja receita foi criada em Cingapura nos anos 1950.
Aproveite também para acompanhar a mudança na cena gastronômica local fazendo um roteiro por restaurantes. Nos últimos cinco anos, houve um boom de bons endereços, com chefs bastante jovens -mas com currículos de fazer inveja- no comando dos fogões.
Com técnicas internacionais e ingredientes locais, eles estão fazendo uma verdadeira revolução na cozinha asiática contemporânea.


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