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GUERRA DAS DROGAS
No México, Hillary diz querer coibir venda de armas pesadas
DA REDAÇÃO
A secretária de Estado
norte-americana, Hillary
Clinton, disse em entrevista
na noite de anteontem à rede
de TV NBC que o governo do
seu país pretende reinstituir
uma lei de 1994, aprovada
sob a presidência de seu marido, Bill Clinton, que proíbe
a venda de armas de fogo semiautomáticas em território
americano.
O anúncio foi feito durante
sua visita de dois dias ao México, onde passam de 6.290
as pessoas mortas somente
em 2008 por razões ligadas à
disputa pelo controle da venda de drogas, que tem como
demanda final os norte-americanos.
No sentido inverso, cerca
de 90% das armas pesadas
usadas pelos cartéis mexicanos do narcotráfico que disputam violentamente esse
negócio vêm dos EUA.
A lei, que reeditada poderia dificultar o acesso a esse
arsenal, expirou, como previsto no projeto original, em
2004. Uma tentativa de reeditá-la, sob um Congresso
então com maioria republicana, foi barrada naquele ano
no Senado.
"De 1994 a 2004, enquanto
a lei esteve em vigência, éramos capazes nos EUA de
conter o crime porque não tínhamos que nos preocupar
se essas armas pesadas chegariam às mãos dos criminosos", disse Hillary.
Em uma entrevista para o
jornal "Financial Times" divulgada ontem, o presidente
do México, Felipe Calderón,
disse que os EUA deveriam
ajudar financeiramente o
seu país no combate ao problema das drogas de forma
"equivalente ao fluxo financeiro que os consumidores
americanos fornecem aos
criminosos".
Questionado sobre a quantia de dinheiro de que falava,
Calderón afirmou que poderia ser algo entre US$ 10 bilhões e US$ 35 bilhões (entre
R$ 22 bilhões e R$ 78 bilhões). "A verdade é que ninguém sabe", ele disse.
Com agências internacionais
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