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Partido do Congresso surpreende e vence com facilidade na Índia
DA REDAÇÃO
Resultados preliminares da
eleição na Índia -com seus 714
milhões de eleitores registrados e um processo de votação
que durou um mês- já garantiam ontem uma vitória mais
confortável do que se esperava
para o Partido do Congresso
Indiano, que lidera a atual coalizão no poder desde 2004.
Seu principal rival, o nacionalista hindu BJP (Partido
Bharatiya Janata), admitiu a
derrota. "Aceitamos o veredicto do povo", disse Arun Jaitley,
um dos líderes do partido. "Está claro que algo deu errado."
Ele se referia ao fato de, com
a maioria dos votos contados, a
coalizão capitaneada pelo Partido do Congresso já ter garantidas 254 das 543 cadeiras no
Parlamento. O BJP alcançava
153 vagas.
Antes das eleições, quase todos os analistas previam um cenário mais difícil para o grupo
no poder, apostando que nenhum dos dois grandes partidos despontaria claramente como vencedor claro -e antevendo uma coalizão de governo
muito ampla e instável, com dezenas de pequenos partidos.
A expectativa era a de que
problemas internos do Partido
do Congresso e algum "esgotamento" da legenda após os últimos anos no poder pudessem
prejudicar o desempenho da
coalizão do atual primeiro-ministro, Manmohan Singh.
As imprensas indiana e britânica, no entanto, atribuíam ontem justamente à capacidade
de condução da economia local
por Singh parte das razões da
vitória de seu partido.
A economia indiana, que antes da crise crescia acima de
8%, foi muito menos atingida
pela recessão global do que a
maioria dos outros países.
O Partido do Congresso tem
anunciado que Singh, 76, permanecerá no poder com a vitória. Mas o sucesso eleitoral é
atribuído também a uma liderança emergente, Rahul Gandhi, 38, filho da presidente do
partido, Sonia Gandhi.
Rahul é considerado o principal estrategista da campanha
vitoriosa, e alguns integrantes
de seu partido defenderam o
integrante da tradicional família política indiana como possível novo premiê.
Como terceiro fator da vitória, analistas apontam a combinação de programas de assistência às pessoas abaixo da linha de pobreza no país.
O Partido do Congresso lançou mão de iniciativas como a
garantia de cem dias de emprego com salário mínimo para
qualquer desempregado, combinadas a uma política econômica liberal.
A vitória da coalizão de governo e a derrota de antigos
aliados de esquerda -estima-se que o Partido Comunista da
Índia deva perder metade de
suas atuais 60 cadeiras- devem permitir que o Partido do
Congresso leve adiante, com
maior liberdade, reformas liberalizantes da economia. "Não
temos mais necessidade de
agregar um monte de aliados",
disse o ministro do Comércio,
Kamal Nath, à TV local.
Com agências internacionais
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