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McCain marca início de disputa nacional com ataque a Obama
DA REDAÇÃO
O virtual candidato republicano, John McCain, marcou o
início informal da disputa nacional à Presidência contra o
democrata Barack Obama com
um discurso de campanha recheado de ataques ao oponente
já na noite de ontem.
"Os americanos devem se
preocupar com o bom senso de
um candidato a presidente que
diz que está pronto para conversar pessoalmente e sem precondições com tiranos de Havana [Cuba] até Pyongyang
[Coréia do Norte], mas não viajou ao Iraque (...) para ver o
progresso que ameaça reverter", criticou McCain.
O republicano falou a simpatizantes em Nova Orleans, resguardado por cartazes que diziam "Um líder em que podemos acreditar". Não por coincidência, o slogan da campanha
de Obama é "Mudança em que
podemos acreditar".
Em alusão à inexperiência do
rival, McCain afirmou que tanto ele quanto Obama prometiam uma abordagem bipartidária para resolver os problemas do país. "Mas um de nós
tem um histórico de trabalho
para fazer isso, e o outro não."
"Ele é um homem impressionante, que oferece uma ótima
primeira impressão. Mas não
tem se disposto a (...) desafiar
seu partido e trazer mudança
real a Washington. Eu tenho."
Além dos ataques diretos,
McCain se concentrou em rebater declarações do rival que
caracterizam um eventual governo seu como "o terceiro
mandato de George W. Bush".
"Os americanos não me conheceram ontem (...). Eles já
me viram colocar o país à frente
de qualquer presidente, de
qualquer partido, de qualquer
interesse especial e dos meus
próprios interesses."
Escolher Nova Orleans, devastada pelo furacão Katrina
em 2005 e símbolo da inação de
Bush, foi outra maneira de se
posicionar como um republicano crítico ao atual governo.
A proximidade de Bush e do
partido é um ponto em que
McCain tem sido ambíguo. Enquanto se apresenta como candidato da mudança -e de fato
tem largo histórico de votos
contrários à direção adotada
pelos republicanos-, segue
tentando se aproximar dos
mais conservadores do grupo.
Com Associated Press
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