|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CIDADE ALTA
Operações urbanas cobrirão 17% da cidade
Revisão do Plano Diretor prevê mais dois perímetros para intervenções, um deles com foco em habitação
DA REPORTAGEM LOCAL
Com duas novas operações
urbanas introduzidas na revisão do Plano Diretor, 17,24% do
território paulistano poderão
ser ocupados por meio desse tipo de intervenção.
Na revisão, foram introduzidas as operações urbanas Amador Bueno, com foco em habitação e localizada na zona leste,
e o pólo logístico Fernão Dias,
na zona norte.
Para que possam ser implantadas, é preciso aprovar leis específicas determinando onde
será permitido ultrapassar os
limites construtivos e em quais
obras a prefeitura deverá investir o dinheiro arrecadado por
Cepacs -títulos públicos que
investidores trocam pelo direito adicional de construir.
Hoje, apenas cinco operações têm lei própria. A mais recente é a Rio Verde-Jacu, na zona leste.
Segundo a Sempla, a operação Vila Sônia (zona oeste) deverá ser a próxima. "Ela está em
estágio avançado, o estudo de
impacto ambiental está em andamento e deverá ser implantada ainda nesta gestão", afirma o secretário de Planejamento, Manuelito Magalhães.
Ao longo do metrô
O vice-presidente do Secovi-SP Cláudio Bernardes citou a
operação Vila Sônia como uma
das de maior interesse do mercado imobiliário, ao lado de Carandiru-Vila Maria (zona norte) e Santo Amaro (zona sul).
"Estamos só aguardando a lei
da operação Vila Sônia para começar a comprar terrenos, ao
longo do metrô não tem erro,
são todos bons para se construir", afirma Bernardes.
"Se a prefeitura faz operações em áreas de interesse do
mercado imobiliário, tem mais
chance de obter sucesso", completa. Segundo ele, a tendência
do mercado continuará sendo
condomínios com torres de
cerca de 20 andares e muitos
espaços de lazer.
No plano atual, a limitação
do gabarito (altura máxima)
das edificações em muitas
áreas da cidade corresponde a
15 metros, o equivalente a cinco
andares. Essa determinação
objetiva estimular o mercado a
apostar em outros produtos
que não os de alto luxo.
"Há uma classe média mais
baixa, que não quer ter despesa
de condomínio alta", aponta o
professor de planejamento urbano da FAU-USP Nabil Bonduki, ex-vereador e relator do
plano atual na Câmara.
(DÉBORA FANTINI)
Texto Anterior: Cidade Alta Próximo Texto: Revisão superou adiamentos Índice
|