São Paulo, domingo, 21 de outubro de 2007

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CIDADE ALTA

Operações urbanas cobrirão 17% da cidade

Revisão do Plano Diretor prevê mais dois perímetros para intervenções, um deles com foco em habitação

DA REPORTAGEM LOCAL

Com duas novas operações urbanas introduzidas na revisão do Plano Diretor, 17,24% do território paulistano poderão ser ocupados por meio desse tipo de intervenção.
Na revisão, foram introduzidas as operações urbanas Amador Bueno, com foco em habitação e localizada na zona leste, e o pólo logístico Fernão Dias, na zona norte.
Para que possam ser implantadas, é preciso aprovar leis específicas determinando onde será permitido ultrapassar os limites construtivos e em quais obras a prefeitura deverá investir o dinheiro arrecadado por Cepacs -títulos públicos que investidores trocam pelo direito adicional de construir.
Hoje, apenas cinco operações têm lei própria. A mais recente é a Rio Verde-Jacu, na zona leste.
Segundo a Sempla, a operação Vila Sônia (zona oeste) deverá ser a próxima. "Ela está em estágio avançado, o estudo de impacto ambiental está em andamento e deverá ser implantada ainda nesta gestão", afirma o secretário de Planejamento, Manuelito Magalhães.

Ao longo do metrô
O vice-presidente do Secovi-SP Cláudio Bernardes citou a operação Vila Sônia como uma das de maior interesse do mercado imobiliário, ao lado de Carandiru-Vila Maria (zona norte) e Santo Amaro (zona sul).
"Estamos só aguardando a lei da operação Vila Sônia para começar a comprar terrenos, ao longo do metrô não tem erro, são todos bons para se construir", afirma Bernardes.
"Se a prefeitura faz operações em áreas de interesse do mercado imobiliário, tem mais chance de obter sucesso", completa. Segundo ele, a tendência do mercado continuará sendo condomínios com torres de cerca de 20 andares e muitos espaços de lazer.
No plano atual, a limitação do gabarito (altura máxima) das edificações em muitas áreas da cidade corresponde a 15 metros, o equivalente a cinco andares. Essa determinação objetiva estimular o mercado a apostar em outros produtos que não os de alto luxo.
"Há uma classe média mais baixa, que não quer ter despesa de condomínio alta", aponta o professor de planejamento urbano da FAU-USP Nabil Bonduki, ex-vereador e relator do plano atual na Câmara.
(DÉBORA FANTINI)

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