São Paulo, segunda-feira, 08 de agosto de 2011

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Depois de reforma, Municipal é palco de ópera de Villa-Lobos

"A Menina das Nuvens" venceu Carlos Gomes em 4 categorias

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Sucesso da temporada 2009 do Palácio das Artes, em Belo Horizonte, "A Menina das Nuvens", de Heitor Villa-Lobos (1887-1959), é a primeira ópera a subir ao palco do Theatro Municipal de São Paulo depois da reforma.
Cantada em português, e inspirada em peça com temática infantil de Lúcia Benedetti, a ópera, em três atos, foi finalizada em 1958, e estreada no Rio, em 1960.
A produção mineira venceu o Prêmio Carlos Gomes nas categorias de Melhor Espetáculo, Cenário, Iluminação e Produção. Com cerca de duas horas, e definida pelo próprio compositor como "aventura musical", a partitura está vazada na linguagem neorromântica da fase final de Villa-Lobos, com orquestração luxuriante, certa prolixidade nos dois atos iniciais e voos de lirismo no último ato.
O time envolvido na montagem é quase o mesmo de Belo Horizonte, com direção cênica de William Pereira e Gabriella Pace no papel-título. A principal mudança é a entrada de Lício Bruno, como o Tempo -o barítono ensaiou a parte na produção de 2009, mas sofreu um acidente pouco antes da estreia.
A regência é de Roberto Duarte, um especialista em Villa-Lobos que fez uma revisão do manuscrito do compositor para a montagem de dois anos atrás, que celebrava o cinquentenário de seu falecimento.
Os ajustes chegaram até a composição de uma abertura. "Considerei oportuno juntar alguns trechos de temas importantes da própria obra, mantendo exatamente o que o mestre escreveu, criando assim uma introdução de mais de quatro minutos", conta Duarte. "Meu trabalho de revisão foi o que normalmente faço em toda a partitura de Villa-Lobos, dirimindo dúvidas quanto a grafia e ajustando dinâmicas."

A MENINA DAS NUVENS
Quando amanhã e qui, às 21h; sáb, às 20h;e dom, às 17h
Onde Theatro Municipal (pça. Ramos de Azevedo, s/nº; tel. 0/xx/11/3397-0327)
Quanto R$ 15 a R$ 70


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