São Paulo, quarta-feira, 08 de julho de 2009

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Crítica

Sem solidez, álbum tem bom suingue

LUIZ FERNANDO VIANNA
DA SUCURSAL DO RIO

Comparando-se com o disco de estreia, em que Diogo Nogueira combinava reprises da obra do pai -o grande João Nogueira- com más novidades, "Tô Fazendo a Minha Parte" é um avanço. Mas ainda falta muito para ele ser respeitado para além do sobrenome e da estampa. "Vai Saber" e "Amor Imperfeito" estão no grupo dos sambas românticos melosos. "Tô te Querendo" e "Chegou o Amor", sem letras brilhantes, agradam nas melodias de acento baiano. Há faixas que indicam a evolução do repertório, ainda que repisem chavões do samba: o próprio samba ("Presente de Deus"), a honestidade apesar da pobreza (faixa-título). "Não Dá", com o balanço típico de Wilson das Neves e letra de Arlindo Cruz, mostra qualidade. E a proverbial "Malandro É Malandro, Mané É Mané" prova que Diogo Nogueira compensa em suingue o que falta de consistência na voz. "Sou Eu" não é um Chico Buarque da melhor cepa, mas não merecia aquelas gírias bobocas que Diogo põe no final. O samba de Ivan Lins e Chico -que participa do coro- tem seu charme, assim como parcela deste CD.


TÔ FAZENDO A MINHA PARTE

Artista: Diogo Nogueira
Gravadora: EMI
Quanto: R$ 25, em média
Avaliação: regular




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