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Crítica
Sem solidez, álbum tem bom suingue
LUIZ FERNANDO VIANNA
DA SUCURSAL DO RIO
Comparando-se
com o disco de estreia, em que Diogo Nogueira combinava
reprises da obra do pai -o
grande João Nogueira-
com más novidades, "Tô
Fazendo a Minha Parte" é
um avanço. Mas ainda falta muito para ele ser respeitado para além do sobrenome e da estampa.
"Vai Saber" e "Amor Imperfeito" estão no grupo
dos sambas românticos
melosos. "Tô te Querendo" e "Chegou o Amor",
sem letras brilhantes,
agradam nas melodias de
acento baiano.
Há faixas que indicam a
evolução do repertório,
ainda que repisem chavões do samba: o próprio
samba ("Presente de
Deus"), a honestidade
apesar da pobreza (faixa-título).
"Não Dá", com o balanço
típico de Wilson das Neves
e letra de Arlindo Cruz,
mostra qualidade. E a proverbial "Malandro É Malandro, Mané É Mané"
prova que Diogo Nogueira
compensa em suingue o
que falta de consistência
na voz.
"Sou Eu" não é um Chico Buarque da melhor cepa, mas não merecia aquelas gírias bobocas que Diogo põe no final. O samba
de Ivan Lins e Chico -que
participa do coro- tem
seu charme, assim como
parcela deste CD.
TÔ FAZENDO A MINHA
PARTE
Artista: Diogo Nogueira
Gravadora: EMI
Quanto: R$ 25, em média
Avaliação: regular
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