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Instituições argumentam que maior parte das propostas vem do Sudeste
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Parte das empresas públicas
que financiam a cultura no país
pela Lei Rouanet diz que a
maioria das propostas de patrocínio parte do Sudeste -que
é a região mais desenvolvida e
mais rica do país, com mercados culturais mais fortes. A Eletrobrás afirma que o número de
projetos da região "é muito
maior do que o de todas as outras em conjunto".
Os Correios argumentam na
mesma linha. Para a estatal, a
concentração decorre de vários
fatores, como maior concentração do PIB na região.
"Em São Paulo, Minas Gerais
e no Rio, há maior profissionalização, ou seja, os proponentes
se mostram mais capacitados
para lidar com produção cultural nos moldes exigidos pela
Rouanet e pelo mercado."
A estatal diz que tem procurado descentralizar recursos
por meio de seleções públicas.
Em estratégia parecida, a Petrobras afirma que criou, em
2003, o programa Petrobras
Cultural para democratizar o
acesso ao patrocínio.
O Banco do Brasil informou
que os investimentos em cultura, por meio da Rouanet, são direcionados para os três centros
culturais -em São Paulo, Brasília e no Rio- e para suas itinerâncias. "Em 2008, o BB realizou cem eventos sem o uso da
Lei Rouanet, nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste."
Também foram organizados
workshops em todo o país para
orientar artistas e produtores.
Patrimônio histórico
A Caixa diz que a Lei Rouanet
é usada, prioritariamente, no
programa Caixa de Revitalização do Patrimônio Histórico e
Cultural.
Na seleção de 2008, de acordo com a Caixa, foram aprovados projetos do Norte (Pará),
Nordeste (Ceará), Sul (Rio
Grande do Sul) e Sudeste (Minas Gerais e Rio de Janeiro).
O BNDES disse que usa a Lei
Rouanet para financiar projetos de patrimônio histórico.
Em 2008, cerca de 45% dos recursos foram destinados para o
Nordeste, segundo o banco.
(LG)
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