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"This Is It" terá até três horas a mais em DVD
Chegada às lojas foi adiada após reclamações; filme já arrecadou US$ 101 milhões
Longa, que teve a maior bilheteria do mundo no fim de semana, terá íntegra de clipes no novo formato, incluindo versão de "Thriller"
RAQUEL COZER
ENVIADA ESPECIAL A LOS ANGELES
O Halloween foi a razão que
os jornais americanos encontraram para explicar por que
"This Is It", o filme sobre a turnê que Michael Jackson não viveu para realizar, só dentro dos
EUA foi menos arrebatador do
que se esperava. A festa das
bruxas caiu no sábado, o que
pode ter levado parte do público a adiar a ida ao cinema.
Ainda assim, o filme ficou em
primeiro lugar nas bilheterias
do país no fim de semana, com
arrecadação de US$ 21,3 milhões. O segundo colocado, o
horror "Paranormal Activity",
rendeu US$ 16,5 milhões.
No mundo inteiro, "This Is
It" arrecadou nos cinco primeiros dias surpreendentes US$
101 milhões, passando com folga os US$ 60 milhões que os estúdios investiram nele.
"Estamos felizes com os resultados domésticos, mas extasiados com os mundiais", disse
no domingo Rory Bruer, presidente de distribuição da Sony.
Os estúdios confirmaram
que o longa ficará mais que as
duas semanas anunciadas em
cartaz -tempo reduzido que,
segundo críticos, desde o princípio fazia parte da estratégia
de divulgação, para estimular o
público a correr aos cinemas.
O lançamento do DVD também foi adiado, após proprietários de cinemas reclamarem da
curta janela entre o fim da exibição nas salas e o começo da
venda nas lojas. A princípio planejado para sair a tempo de virar presente de Natal, o produto chegará no começo de 2010.
Cenas extras
Na última quarta-feira, na
primeira série de entrevistas
após a pré-estreia do longa, o
diretor Kenny Ortega disse à
Folha que o DVD terá de duas a
três horas a mais do que o filme
no cinema. "Haverá cenas extras dos ensaios, além das versões completas dos clipes que
criamos para "Thriller" e
"Smooth Criminal"."
Ortega garantiu que não excluiu cenas que omitissem as
condições de saúde de Michael
Jackson -nas últimas semanas, correu na internet um manifesto alegando que o registro
esconde que o músico precisava de ajuda até para comer.
"O filme é a história do show.
Só incluí cenas que fizessem
sentido nesse contexto. Não faria sentido colocar trechos em
que Michael Jackson erra a letra, ou que não dança tão bem.
Isso acontece em qualquer ensaio, mas no filme poderia dar
uma impressão errada."
Ao mesmo tempo, Ortega diz
acreditar que o longa tem o mérito de mostrar um lado mais
"vulnerável" do músico, como
quando ele fica desconcertado
por não ter ideias compreendidas de imediato. "O fato é que
Michael confiava em mim. Só
coloquei imagens com as quais
acho que ele concordaria."
Na mesma rodada de entrevistas, o diretor musical do longa e da turnê, Michael Bearden,
disse que o popstar ficava chateado com os comentários de
que não conseguiria concluir os
50 shows planejados para Londres. "Ele me disse: "Muita gente pensa que não posso fazer isso. Não sei por que pensam assim, é o que faço desde que tinha cinco anos. Não teria aceitado se não fosse capaz'", contou Bearden, esganiçando a voz
para tentar soar como o cantor.
Segundo ele, Michael Jackson se sentia "bem o suficiente"
para estender a turnê por mais
três ou quatro anos, levando-a a
países da África e da Ásia.
A jornalista RAQUEL COZER ficou hospedada
em Los Angeles a convite da Sony
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