|
Texto Anterior | Índice
ESCUTA AQUI
Álvaro Pereira Júnior - cby2k@uol.com.br
Heroína e crack vão destruir sua boy band
APROVEITE ENQUANTO DURA essa imagem limpinha de McFly e Jonas Brothers, as boy bands da hora. Daqui a
pouco, caem na podreira. E não é urucubaca
minha -sempre acontece.
O caso mais manjado é o de Bobby Brown,
cantor americano que fez sucesso com a boy
band New Edition nos anos 80. O NE era criação do empresário Maurice Starr, de Boston, um
mago do gênero.
Depois de ser expulso
do New Edition por excesso de marra, Brown seguiu carreira solo a partir
de 1986. Em 1992, ele se
casou com a cantora
Whitney Houston. Ambos praticavam música
negra sanitizada. Parecia
um casamento de certinhos. Não demorou muito até se transformar num
inferno de pancadas, anorexia e consumo cavalar
de crack. Entre porradas e
overdoses, acredite,
Brown ficou casado 12
anos com Whitney.
Avançando no tempo,
chegamos aos Backstreet
Boys, que bombaram nos
anos 90. Brian Littrell,
um dos Boys, pirou e hoje
faz sucesso nas paradas
de música cristã. Nick
Carter, atualmente protagonista de reality show
e pegador de celebridades, confessa que quase
morreu de tanta droga e
cachaça.
Também é comum que
os caras que organizam as boy bands gostem de menininhos. Numa entrevista em 2007 para a revista "Vanity
Fair", um sujeito chamado Steve Mooney classificou de
"predador sexual" o empresário Lou Pearlman, que
criou, entre outros, os próprios Backstreet e o NSYNC.
Pearlman acabou em cana por fraude bancária.
É verdade, rock e pop são assim mesmo, uma esculhambação geral -e boa parte do apelo desses estilos reside justamente nisso. Mas com as boy bands é diferente. Porque ser limpinho e certinho está na essência do
conceito. Não existe boy band de travestis peludos viciados em ecstasy. É tudo "clean". Ou parece que é.
CD PLAYER
PLAY - The Shaggs
Grupo de adolescentes é isso aí! Nos
anos 60, as Shaggs, três irmãs que não
sabiam compor, cantar nem tocar eram
tão ruins que viraram um culto. Frank
Zappa era fã.
PLAY - Langley Schools Music
Project
Nos anos 70, um professor de música
canadense botou seus alunos para
cantar clássicos do rock. Sublime é
pouco.
EJECT - Prussian Blue
Pop neonazista para teens. Irmãzinhas
gêmeas da Califórnia cantam pela glória
da raça branca. Repugnante.
Texto Anterior: Música: Meu palco é on-line Índice
|