São Paulo, segunda-feira, 11 de maio de 2009

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Álvaro Pereira Júnior - cby2k@uol.com.br

Heroína e crack vão destruir sua boy band

APROVEITE ENQUANTO DURA essa imagem limpinha de McFly e Jonas Brothers, as boy bands da hora. Daqui a pouco, caem na podreira. E não é urucubaca minha -sempre acontece.
O caso mais manjado é o de Bobby Brown, cantor americano que fez sucesso com a boy band New Edition nos anos 80. O NE era criação do empresário Maurice Starr, de Boston, um mago do gênero.
Depois de ser expulso do New Edition por excesso de marra, Brown seguiu carreira solo a partir de 1986. Em 1992, ele se casou com a cantora Whitney Houston. Ambos praticavam música negra sanitizada. Parecia um casamento de certinhos. Não demorou muito até se transformar num inferno de pancadas, anorexia e consumo cavalar de crack. Entre porradas e overdoses, acredite, Brown ficou casado 12 anos com Whitney.
Avançando no tempo, chegamos aos Backstreet Boys, que bombaram nos anos 90. Brian Littrell, um dos Boys, pirou e hoje faz sucesso nas paradas de música cristã. Nick Carter, atualmente protagonista de reality show e pegador de celebridades, confessa que quase morreu de tanta droga e cachaça.
Também é comum que os caras que organizam as boy bands gostem de menininhos. Numa entrevista em 2007 para a revista "Vanity Fair", um sujeito chamado Steve Mooney classificou de "predador sexual" o empresário Lou Pearlman, que criou, entre outros, os próprios Backstreet e o NSYNC. Pearlman acabou em cana por fraude bancária.
É verdade, rock e pop são assim mesmo, uma esculhambação geral -e boa parte do apelo desses estilos reside justamente nisso. Mas com as boy bands é diferente. Porque ser limpinho e certinho está na essência do conceito. Não existe boy band de travestis peludos viciados em ecstasy. É tudo "clean". Ou parece que é.

CD PLAYER

PLAY - The Shaggs
Grupo de adolescentes é isso aí! Nos anos 60, as Shaggs, três irmãs que não sabiam compor, cantar nem tocar eram tão ruins que viraram um culto. Frank Zappa era fã.

PLAY - Langley Schools Music Project
Nos anos 70, um professor de música canadense botou seus alunos para cantar clássicos do rock. Sublime é pouco.

EJECT - Prussian Blue
Pop neonazista para teens. Irmãzinhas gêmeas da Califórnia cantam pela glória da raça branca. Repugnante.


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