São Paulo, sábado, 23 de agosto de 2008

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QUADRO DE MEDALHAS

Pequim tem o recorde de diversidade em glórias

DO ENVIADO A XANGAI

Os Jogos de Pequim são desde ontem a edição das Olimpíadas de Verão em que mais países foram ao pódio.
Com as provas do antepenúltimo dia da competição, já são 85 nações com medalhas.
Número que supera com muita folga o obtido em Atenas (74) e também por boa margem o recorde anterior, registrado na Olimpíada de Sydney-2000, quando competidores de 80 países foram ao pódio.
A lista ainda pode aumentar, já que nos últimos dois dias ainda serão definidas 44 medalhas de ouro. Alguns países que ainda não foram ao pódio têm chance de conseguir isso, como Montenegro, que vai disputar o bronze no pólo aquático masculino contra a Sérvia.
Se tiver sucesso, o país europeu, que fazia parte da antiga Iugoslávia, vai se juntar a outras nações que na China ganharam a primeira medalha de suas histórias, como o Afeganistão, Maurício, Bahrein, Tadjiquistão e Togo.
Medalhas que algumas vezes aconteceram graças a atletas sem tanta identificação com as bandeiras que representam.
Para ganhar o ouro nos 1.500 m do atletismo, o Bahrein teve que contar com Rashid Ramzi, que por muito tempo competiu por Marrocos, seu país natal. Até depois de ganhar a nacionalidade do rico Bahrain ele treina em cidades marroquinas.
Mais inusitada é a história da primeira medalha do Togo, um bronze na canoagem, esporte amplamente dominado por europeus. O autor do feito foi Benjamin Boukpeti, o primeiro canoísta negro a ir ao pódio numa prova olímpica de slalom.
Boukpeti só esteve no Togo, a terra de seu pai, de quem herdou a nacionalidade, uma vez, quando era criança. Ele nasceu e mora até hoje na França, o país de sua mãe.
A porta de entrada para o pódio olímpico de países pequenos geralmente está em esportes de luta. Foi o caso, por exemplo, de Bruno Julie, que ontem, aos 30 anos, ganhou no boxe um bronze, o que representa a primeira medalha de Maurício, país de só 1,3 milhão de habitantes.
Também foi com os punhos que o Afeganistão conquistou em Pequim seu primeiro pódio. O responsável: Rohullah Nikpai, no taekwondo. Para levar o bronze, ele bateu o espanhol Juan Antonio Ramos, campeão mundial da categoria até 58 kg.
O feito fez o governo do Afeganistão oferecer uma casa para o lutador, que pediu paz para o seu país.0 (PAULO COBOS)


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