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Na mira da torcida, zaga palmeirense segue intocável
Luxemburgo mantém Jeci e Gladstone como titulares para o confronto diante da Portuguesa, amanhã, no Pacaembu
Com dupla de zaga atual, Palmeiras sofreu 16 gols em 12 jogos no Nacional, média igual à do período em que escalou Gustavo e Henrique
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A torcida palmeirense mirou
no alvo errado. Com a dupla de
zaga Jeci e Gladstone, o time
tem sofrido tantos gols no Brasileiro-08 quanto no período
em que Gustavo e Henrique
formaram a espinha dorsal do
sistema defensivo da equipe.
Juntos, os dois atuais titulares atuaram em 12 partidas do
Nacional, quando o Palmeiras
foi vazado 16 vezes pelos adversários. Com a dupla anterior
em campo, foram três partidas
e quatro gols sofridos. Média
idêntica de 1,33 gol por jogo.
Anteontem, os muros do CT
e do estádio do Palmeiras foram pichados pela torcida, que
pede pelas saídas de Jeci e
Gladstone -além de exigir
mais "coração" de Diego Souza.
Henrique, negociado com o
Barcelona no final de junho
-está emprestado ao Bayer Leverkusen, da Alemanha-, jogou cinco vezes no campeonato. Além de Gustavo, com quem
também formou a dupla vitoriosa na campanha do Paulista,
atuou ao lado de David, que se
recupera de lesão, duas vezes.
A única formação "invicta"
na competição aconteceu na vitória sobre o Náutico (2 a 0), na
oitava rodada, quando Gustavo
e Gladstone foram os zagueiros
titulares. Foi também a única
oportunidade em que Luxemburgo utilizou a dupla.
Na quarta-feira, o sistema
defensivo palmeirense falhou
feio em dois gols do Inter nascidos de lances muito parecidos,
quando o zagueiro Índio concluiu sem ser incomodado. Ambos os arremates foram de cabeça. Em 25 gols levados no
Brasileiro, nove foram assim.
"Precisamos consertar isso
para o jogo contra a Portuguesa
[amanhã, no Pacaembu]", disse
Gladstone, logo após o duelo.
Tanto ele, que surgiu no Cruzeiro, em 2003, quanto Jeci, ex-Coritiba, são indicações de Luxemburgo. No início da campanha no Nacional, o time teve diversas baixas no setor. Além de
Henrique, negociado, Gustavo
e David se machucaram. Maurício, puxado pelo treinador
das categorias de base, tem sido
opção em algumas ocasiões.
A ira do torcedor palmeirense talvez se dê pela lembrança
do desempenho de Gustavo e
Henrique no Paulista.
Com os dois -tendo a companhia de David em algumas
ocasiões-, o time levou 13 gols
em 16 confrontos (média de
0,81 por jogo). A média geral da
defesa no torneio foi de 0,78.
Mesmo sob pressão, Jeci e
Gladstone deverão ser mantidos para o confronto diante da
Portuguesa. Gustavo não inspira muita confiança em Luxemburgo e segue no banco.
"Meu time não será escalado
pelo muro do Palestra Itália. O
Jeci e o Gladstone estão preparados para suportar a pressão.
E, se não estiverem, não servem para defender o Palmeiras
e devem procurar outro lugar
para atuar", falou o treinador.
O time será quase o mesmo
que perdeu para o Inter. Sem
Jumar, suspenso, Sandro Silva
volta para o meio-campo e forma a dupla de volantes com
Martinez. Na direita, Fabinho
Capixaba retorna de suspensão. Élder Granja segue fazendo tratamento no tornozelo esquerdo, que ele torceu no rachão da semana passada.
O Palmeiras é o quarto colocado, com 37 pontos. A Portuguesa, que vem de derrota para
o Vasco (1 a 0), é a 17ª, com 22.
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