São Paulo, sábado, 23 de agosto de 2008

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Na mira da torcida, zaga palmeirense segue intocável

Luxemburgo mantém Jeci e Gladstone como titulares para o confronto diante da Portuguesa, amanhã, no Pacaembu

Com dupla de zaga atual, Palmeiras sofreu 16 gols em 12 jogos no Nacional, média igual à do período em que escalou Gustavo e Henrique


RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A torcida palmeirense mirou no alvo errado. Com a dupla de zaga Jeci e Gladstone, o time tem sofrido tantos gols no Brasileiro-08 quanto no período em que Gustavo e Henrique formaram a espinha dorsal do sistema defensivo da equipe.
Juntos, os dois atuais titulares atuaram em 12 partidas do Nacional, quando o Palmeiras foi vazado 16 vezes pelos adversários. Com a dupla anterior em campo, foram três partidas e quatro gols sofridos. Média idêntica de 1,33 gol por jogo.
Anteontem, os muros do CT e do estádio do Palmeiras foram pichados pela torcida, que pede pelas saídas de Jeci e Gladstone -além de exigir mais "coração" de Diego Souza.
Henrique, negociado com o Barcelona no final de junho -está emprestado ao Bayer Leverkusen, da Alemanha-, jogou cinco vezes no campeonato. Além de Gustavo, com quem também formou a dupla vitoriosa na campanha do Paulista, atuou ao lado de David, que se recupera de lesão, duas vezes.
A única formação "invicta" na competição aconteceu na vitória sobre o Náutico (2 a 0), na oitava rodada, quando Gustavo e Gladstone foram os zagueiros titulares. Foi também a única oportunidade em que Luxemburgo utilizou a dupla.
Na quarta-feira, o sistema defensivo palmeirense falhou feio em dois gols do Inter nascidos de lances muito parecidos, quando o zagueiro Índio concluiu sem ser incomodado. Ambos os arremates foram de cabeça. Em 25 gols levados no Brasileiro, nove foram assim.
"Precisamos consertar isso para o jogo contra a Portuguesa [amanhã, no Pacaembu]", disse Gladstone, logo após o duelo.
Tanto ele, que surgiu no Cruzeiro, em 2003, quanto Jeci, ex-Coritiba, são indicações de Luxemburgo. No início da campanha no Nacional, o time teve diversas baixas no setor. Além de Henrique, negociado, Gustavo e David se machucaram. Maurício, puxado pelo treinador das categorias de base, tem sido opção em algumas ocasiões.
A ira do torcedor palmeirense talvez se dê pela lembrança do desempenho de Gustavo e Henrique no Paulista.
Com os dois -tendo a companhia de David em algumas ocasiões-, o time levou 13 gols em 16 confrontos (média de 0,81 por jogo). A média geral da defesa no torneio foi de 0,78.
Mesmo sob pressão, Jeci e Gladstone deverão ser mantidos para o confronto diante da Portuguesa. Gustavo não inspira muita confiança em Luxemburgo e segue no banco.
"Meu time não será escalado pelo muro do Palestra Itália. O Jeci e o Gladstone estão preparados para suportar a pressão. E, se não estiverem, não servem para defender o Palmeiras e devem procurar outro lugar para atuar", falou o treinador.
O time será quase o mesmo que perdeu para o Inter. Sem Jumar, suspenso, Sandro Silva volta para o meio-campo e forma a dupla de volantes com Martinez. Na direita, Fabinho Capixaba retorna de suspensão. Élder Granja segue fazendo tratamento no tornozelo esquerdo, que ele torceu no rachão da semana passada.
O Palmeiras é o quarto colocado, com 37 pontos. A Portuguesa, que vem de derrota para o Vasco (1 a 0), é a 17ª, com 22.


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