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Impulsionada por bancos e siderúrgicas, Bolsa sobe 1,9%
Dow Jones avança 2,25%;
Nasdaq tem ganhos no ano
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Após mais um pregão de alta,
a Bovespa já acumula valorização de 11,5% no mês. No pregão
de ontem, os ganhos foram de
1,89%, com ações de siderúrgicas e bancos em destaque.
A divulgação de dados econômicos ruins, como o resultado
do PIB dos EUA e a taxa de desemprego no Brasil, não segurou os mercados. Apesar de negativos, os números ficaram
um pouco melhores que as projeções. O mercado acionário
em Wall Street teve resultado
ainda melhor que o doméstico.
O índice de ações Dow Jones
registrou alta de 2,25%. A Bolsa
eletrônica Nasdaq subiu 3,80%.
O PIB norte-americano teve
retração de 6,3% no quarto trimestre de 2008, pior resultado
desde 1982. Como o mercado
projetava recuo acima de 6,6%,
o número não abalou as Bolsas.
Declarações do presidente
dos EUA, Barack Obama, de
que será apresentado nos próximos dias um pacote de auxílio
ao setor automotivo trouxeram
ânimo ao segmento. As ações
da GM saltaram 14%.
Com a alta de ontem, a Nasdaq conseguiu sair do vermelho
no acumulado do ano -está
com alta de 0,63%. Já o Dow
Jones, apesar de estar com
apreciação de 12,20% no mês,
tem baixa de 9,71% em 2008.
Miriam Tavares, diretora da
corretora AGK, avalia que os
efeitos das medidas que vêm
sendo tomadas pelo governo
dos EUA "devem começar a
ocorrer apenas gradualmente,
ao longo dos próximos meses".
"Assim, mesmo que em menor grau, a volatilidade e o viés
negativo devem continuar permeando o ambiente de negócios global ainda por algum
tempo. Embora intercalados,
cada vez mais, por melhoras
pontuais, até que gradativamente sejam substituídos pela
estabilidade e retomada mais
consistente da confiança dos
investidores", afirma.
No Brasil, o IBGE anunciou
que a taxa de desemprego de fevereiro ficou em 8,5% -abaixo
das expectativas dos analistas,
que contavam com taxa de 9%.
O que chamou mais a atenção do mercado foram as medidas do CMN, especialmente a
destinada a favorecer a captação de recursos por parte dos
bancos de menor porte.
Na esteira das ações das instituições financeiras de menor
tamanho -que chegaram a subir mais de 10% em alguns casos-, os papéis dos grandes
bancos se apreciaram. A ação
UNT do Unibanco subiu 3,96%,
seguida por BB ON (3,31%),
Itaú PN (3,16%) e Bradesco PN
(2,85%).
No setor siderúrgico, influenciado pelo pacote habitacional do governo Lula e pela
alta das commodities metálicas
ontem, houve fortes ganhos,
como os registrados por Gerdau PN (que subiu 7,36%) e
Usiminas PNA (6,94%). A ação
PNA da Vale subiu 2,23%.
No mercado internacional, o
cobre fechou com alta de 3,3%,
e o alumínio subiu 1,9%.
Ainda sob o efeito do pacote
do governo, os papéis das construtoras encerraram com ganhos. A ação ON da Rossi Residencial subiu 5,66%; Cyrela
ON, 3,57%; e Gafisa ON, 1,89%.
Dólar
O dólar fechou a R$ 2,24, em
baixa de 0,40%. No mês, a moeda tem queda de 5,49%.
Apesar dessa baixa recente,
estudo da Economática mostrou que a apreciação do dólar
desde seu piso em 2008 -em
agosto passado, chegou a R$
1,559- alcança os 44%. Essa
variação coloca o Brasil à frente
de outros países latino-americanos, no que se refere à perda
de valor de sua moeda no período. No estudo -que englobou
México, Peru, Colômbia, Chile,
Argentina e Brasil-, foi considerada a taxa Ptax (cotação média calculada pelo BC).
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