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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br
Perdas com fraudes crescem 25% em 2008
O montante de perdas decorrentes de fraudes contra empresas cresceu 25,4% em 2008
em relação ao ano anterior. O
prejuízo alcançou R$ 150 milhões, superior portanto aos
R$ 119,6 milhões de 2007. Dessa forma, o número voltou ao
patamar de 2006, quando as
fraudes somaram R$ 155 milhões.
Os dados foram apurados pelos sistemas antifraudes da Serasa Experian. O diretor de
produtos da Serasa Experian,
Laércio de Oliveira, chama a
atenção, no entanto, para o fato
de que, no ano passado, o crédito para pessoa jurídica registrou um crescimento de 38,9%.
Ou seja, as fraudes cresceram
menos do que o crédito.
Dessa forma, Oliveira afirma
que, diante desses números,
pode-se dizer que aumentou a
eficiência dos sistemas antifraudes.
A Serasa Experian detectou
um número 29% maior de tentativas de fraude, o que evitou
que cerca de 20 mil clientes diretos se tornassem alvos dessa
prática.
De acordo com o levantamento, os principais alvos são
aqueles que comercializam
produtos de fácil aceitação e
que podem ser revendidos em
qualquer parte do país, como
material de construção, peças
automotivas, alimentos não perecíveis, material de higiene e
limpeza, aparelhos eletroeletrônicos e confecções.
O maior número de golpes no
ano passado foi identificado na
região Sudeste (50,5%), seguidos respectivamente pelas regiões Sul (20,82%), Nordeste
(13,45%), Centro-Oeste (10%) e
Norte (5,23%).
De acordo com a Serasa Experian, para se identificar um
golpista é importante observar
alguns sinais. O fato de o comprador preferir retirar a mercadoria no fornecedor é um
exemplo.
Se as primeiras compras forem à vista, e, depois, o comprador pede prazo, pode ser uma
outra dica.
Outra observação que deve
ser feita é se o ramo da atividade da empresa compradora é
compatível com os produtos
que pretende adquirir, segundo
a Serasa.
LAZER
O Club Med registrou alta
de 12% no faturamento das
vendas no Brasil no fechamento do balanço do período de novembro de 2008 a
abril de 2009 comparado a
igual período anterior. Houve avanços nas vendas de todos os segmentos para hospedagens de maio a outubro,
segundo o diretor comercial
Brasil do Club Med, Jeferson
Munhoz. O "trade" agências
de viagens teve destaque. A
empresa teve alta de 31% no
faturamento em relação ao
mesmo período anterior.
GOLE POR GOLE
A Coca-Cola ganhou 0,4
ponto percentual de participação no mercado de refrigerantes entre março e
abril, exatamente a mesma variação da perda da
AmBev nesse segmento,
segundo pesquisa do Instituto AC Nielsen. Com isso, a Coca-Cola ficou com
55,7% do mercado, e a
Ambev, com 18%. O restante é pulverizado entre
outras empresas.
PRÓXIMO PASSO
Paulo Levy, ex-diretor da
Ágora, é quem está por trás
do "home broker" da Icap
Brasil, filial da inglesa Icap,
uma das maiores corretoras
de valores do mundo. Seu
negócio de "home broker"
no Brasil será lançado amanhã e se chamará MyCAP,
porque o domínio Icap já
não estava mais disponível
na internet no país. A corretora pretende alcançar 10%
de participação de mercado
no primeiro ano de operações, ficando entre as cinco
maiores na BM&FBovespa.
MAQUETE
Angelo Derenze, presidente da Casa Cor, abre no dia 26
a maior edição já realizada do evento. Neste ano vai haver, além da Casa Cor, o Casa Hotel e o Casa Kids, com
ambientes para crianças e famílias. "Com essa produção,
a mostra será a segunda maior do segmento no mundo."
A marca segue sua expansão para EUA, México e Chile.
Mas os planos para o México estão em alerta, por enquanto. "Vamos esperar para ver o que a gripe vai provocar."
VIZINHANÇA
Carlos Mateo Balmelli, diretor-geral paraguaio da usina de Itaipu, será recebido
pela Fiesp no dia 27. Na pauta: a discussão sobre os entraves da negociação entre
Brasil e Paraguai em relação
a Itaipu.
ÁGUAS
Para o encontro com o diretor paraguaio de Itaipu, a
Fiesp convidou os senadores
Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e Aloizio Mercadante
(PT-SP) e o diretor brasileiro da usina, Jorge Samek. A
entidade afirma que pretende "colocar à disposição o
potencial de investimento
da indústria brasileira e fomentar a complementaridade de cadeias produtivas entre o Brasil e o Paraguai".
OLHAR ESTRANGEIRO
Investidores estrangeiros
começam a voltar as atenções ao mercado brasileiro.
É o caso do "private equity"
Pampa Capital, que iniciou
operações no país em março.
Liderado pelo empresário
argentino Alejandro Quentin, o Pampa Capital quer investir R$ 600 milhões em
projetos agroindustriais no
Brasil e já analisa propostas
de aquisição. Quentin foi sócio do megainvestidor George Soros, no fundo Soros
Fund Management.
TOALHA
O segmento de cama, mesa e banho registrou alta de
4% nas vendas na primeira
quinzena de maio em relação a igual período de abril.
CONTA ATRASADA
A AeC, de contact center, já contratou 800 pessoas para
atuar na unidade de cobrança, criada em março deste ano.
Segundo Solemar Andrade, presidente da AeC, a expansão
da inadimplência provocada pela crise aumentou a demanda
pelo serviço na empresa e impulsionou os investimentos na
área. De uma participação inexpressiva no faturamento de
2008, o serviço de cobrança deverá representar 10% da receita da AeC neste ano, segundo as expectativas da empresa.
"Com a alta da inadimplência, a infraestrutura das empresas
passou a ser insuficiente para fazer o serviço de cobrança e
elas o terceirizaram. E a estrutura do contact center é a
mais adequada para isso." Para Andrade, os setores mais
promissores para o serviço de cobrança são varejo, financeiro e serviços, como telefonia e TV a cabo.
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
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