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Banco do Brasil e Caixa prometem contratar 13 mil
Em negociação com bancários, instituições públicas se comprometem a ampliar quadros
No acordo fechado pelos
bancos privados, não houve
promessa de contratações;
no caso do BB, número de
funcionários crescerá 11%
EDUARDO CUCOLO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco do Brasil e a Caixa
Econômica Federal vão contratar cerca de 13 mil novos trabalhadores nos próximos dois
anos. O aumento no quadro de
pessoal faz parte do acordo parcial fechado nesta semana com
os sindicatos de bancários na
tentativa de encerrar a greve da
categoria.
No caso do BB, já está definida a abertura de 10 mil novas
vagas para agências, o que representa um aumento de 11%
em relação ao número total de
funcionários. Em relação à Caixa, o banco propôs a ampliação
de 3.000 postos de trabalho
(avanço de 4%), mas os funcionários reivindicam um número
maior. No acordo fechado entre bancos e funcionários do setor privado não houve promessa de novas contratações.
No ano passado, Caixa e BB
aumentaram o quadro em 10
mil funcionários, enquanto os
sete maiores bancos privados
abriram 6.000 novas vagas.
Os bancários do setor privado encerraram ontem a paralisação, que já durava 15 dias. No
BB, a volta total dos trabalhadores só acontece na próxima
terça-feira. Na Caixa, no entanto, as agências permanecem fechadas em todo o país. Nova assembleia será realizada somente após o feriado.
Além das questões relativas a
reajuste salarial e plano de carreira, a proposta oficial do BB é
a de aumentar o número de
funcionários em 5.000 até junho de 2010 e contratar mais
5.000 pessoas até 2011.
Será dada prioridade àqueles
que já prestaram concurso e fazem parte do cadastro de reserva do banco. Ainda será feito
um levantamento para saber
quantas pessoas estão nessa fila
e onde serão feitas as novas
contratações. Também será
avaliada a necessidade de abertura de novos concursos públicos em algumas regiões do país.
Os últimos concursos do BB
foram feitos em 2008. A assessoria do banco não informou
qual será o impacto das contratações na folha de pagamento
nem se já há autorização do Ministério do Planejamento.
De acordo com o sindicato da
categoria, o acordo se refere à
ampliação no número de vagas
existentes. Isso significa que a
saída de funcionários que se
aposentarem ou deixarem a
instituição no período vai exigir contratações extras.
De acordo com dados do Ministério do Trabalho divulgados pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, desde o início do governo
Lula, o número de trabalhadores no setor bancário cresceu
15,5% em todo o país, o equivalente à abertura de 60 mil novos postos de trabalho.
Entre 1989 e 1999, o número
de trabalhadores nessa categoria caiu de 800 mil para cerca
de 390 mil. Em 2001, esse número voltou a crescer, até chegar aos atuais 460 mil.
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