|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Decisão evita desgaste com governadores
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Além de contribuir para o
cumprimento das metas fiscais da União, o atraso nas
restituições do IR evitou um
desgaste maior entre o governo federal e os governadores e prefeitos.
Pela Constituição, 48% da
arrecadação do IR e do IPI
(Imposto sobre Produtos Industrializados) deve ser repassada aos governos regionais: 21,5% do total para o
Fundo de Participação dos
Estados; 23,5% para o Fundo
de Participação dos Municípios; e 3% para programas de
financiamento ao setor privado nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Os valores são calculados a
partir da receita líquida, ou
seja, a receita total do tributo
menos as restituições e os diversos incentivos fiscais concedidos para estimular a economia ou o desenvolvimento
de setores ou regiões.
Neste ano, em razão dos
efeitos recessivos da crise
global e das medidas adotadas pelo governo para estimular a economia, a arrecadação do IR e do IPI registrou quedas de proporções
inéditas em relação a 2008.
Em valores corrigidos pela
inflação, a receita do IPI caiu
de R$ 26,9 bilhões, de janeiro
a agosto de 2008, para R$
18,9 bilhões nos primeiros
oito meses deste ano.
Na mesma base de comparação, a receita do IR foi reduzida de R$ 134,9 bilhões
para R$ 125,4 bilhões.
Pressionado, o governo
Lula decidiu em abril editar
uma medida provisória que
concedeu repasses extras aos
municípios, com objetivo de
manter o mesmo volume de
transferências contabilizado
no ano passado, quando a arrecadação de impostos batia
recordes. Já os Estados ganharam empréstimos a juros
favorecidos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Texto Anterior: Atraso em restituição foi por necessidade, diz Lula Próximo Texto: Frase Índice
|