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CRIME NO PARANÁ
Estudante diz que pior foi esperar
18h por socorro
DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
A estudante universitária
de 23 anos violentada e baleada no litoral do Paraná há
16 dias disse ontem à Folha
que os momentos mais difíceis foram as 18 horas à espera de socorro deitada próximo ao corpo do namorado,
assassinado quando tentou
defendê-la do estupro.
"Um cabra bom daquele
levar um pipoco e morrer
desse jeito é muita sacanagem. Não merecia, não", afirmou a estudante, por telefone. Ela levou um tiro nas
costas e ainda não consegue
movimentar as pernas.
Ela foi transferida ontem
da UTI para um dos quartos
do hospital Vita, em Curitiba. O leito é guardado por
policiais que fazem a proteção dela, de familiares e visitantes. Só entra quem é autorizado pela família.
No dia 31 de janeiro, a estudante e o namorado passeavam por uma trilha em
Matinhos (110 km de Curitiba) quando foram surpreendidos por um homem armado que os levou para uma
gruta afastada da trilha, estuprou a garota e matou o
namorado. A polícia continua as buscas ao criminoso.
A estudante disse que a
iniciativa do namorado, que
tentou defendê-la, foi decisiva para sua sobrevivência.
"Com certeza, ele salvou a
minha vida." Ela também
credita ao namorado o fato
de sua recuperação estar
sendo "rápida".
"Essa força toda que eu estou tendo só pode vir dele.
Esse cabra deve ter virado
um anjo para eu estar me recuperando desse jeito. Deve
ser ele mexendo os pauzinhos lá no céu", afirmou.
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