São Paulo, segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

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CRIME NO PARANÁ

Estudante diz que pior foi esperar
18h por socorro

DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

A estudante universitária de 23 anos violentada e baleada no litoral do Paraná há 16 dias disse ontem à Folha que os momentos mais difíceis foram as 18 horas à espera de socorro deitada próximo ao corpo do namorado, assassinado quando tentou defendê-la do estupro.
"Um cabra bom daquele levar um pipoco e morrer desse jeito é muita sacanagem. Não merecia, não", afirmou a estudante, por telefone. Ela levou um tiro nas costas e ainda não consegue movimentar as pernas.
Ela foi transferida ontem da UTI para um dos quartos do hospital Vita, em Curitiba. O leito é guardado por policiais que fazem a proteção dela, de familiares e visitantes. Só entra quem é autorizado pela família.
No dia 31 de janeiro, a estudante e o namorado passeavam por uma trilha em Matinhos (110 km de Curitiba) quando foram surpreendidos por um homem armado que os levou para uma gruta afastada da trilha, estuprou a garota e matou o namorado. A polícia continua as buscas ao criminoso.
A estudante disse que a iniciativa do namorado, que tentou defendê-la, foi decisiva para sua sobrevivência. "Com certeza, ele salvou a minha vida." Ela também credita ao namorado o fato de sua recuperação estar sendo "rápida".
"Essa força toda que eu estou tendo só pode vir dele. Esse cabra deve ter virado um anjo para eu estar me recuperando desse jeito. Deve ser ele mexendo os pauzinhos lá no céu", afirmou.


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