|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Em dez dias, cinco políticos trocam de sigla
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com a aproximação da
data limite de filiação para
quem quiser disputar a
eleição de 2010, no início
de outubro, o troca-troca
partidário foi reaceso.
Na Câmara, três deputados mudaram nos últimos
dez dias: Edmar Moreira
(MG), ex-DEM, foi para o
PR; Jairo Carneiro (BA)
também saiu DEM e foi
em direção ao PP; Zequinha Marinho (PA) migrou
do PMDB para o PSC. No
Senado, saíram do PT Marina Silva (AC) e Flávio
Arns (PR). Mão Santa (PI)
deve deixar o PMDB.
"A fidelidade partidária
virou letra morta", diz o
presidente do PPS, Roberto Freire, que não conseguiu manter o mandato do
deputado Geraldo Resende (MS), agora no PMDB.
Rodrigo Maia, presidente do DEM, que perdeu
quatro deputados e um senador desde que a resolução pela fidelidade partidária foi editada, cobra um
endurecimento do TSE.
"Minha impressão é que
o tribunal vai ser mais severo agora. Está claro que
uma pessoa que descobre
só agora que tem problema com o partido está
querendo burlar a regra."
Relator da reforma eleitoral na Câmara, o deputado Flávio Dino (PC do B-MA) diz que, longe de
mostrar a irrelevância da
ideia de criar uma "janela"
de 30 dias para permitir o
troca-troca "o próprio Judiciário está reconhecendo a dureza da regra que
estabeleceu e criando válvulas de escape", disse.
O presidente do TSE,
Carlos Ayres Britto, diz
que pode haver casos "plenamente justificados" de
troca de partidos por motivos ideológicos. "Isso
porque o primeiro dever
do partido político é de ter
fidelidade consigo mesmo".
(FZ E FS)
Texto Anterior: Saiba mais: Regras para perda de mandato foram definidas há 2 anos Próximo Texto: Janio de Freitas: Além da inocência Índice
|