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Empresa em que Marta é cotista está inadimplente com a Receita
Assessoria da petista afirma que ela não participa da administração da firma
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A candidata do PT à prefeitura, Marta Suplicy, é cotista de
uma empresa da família que é
apontada como inadimplente e
omissa (não localizada) pela
Receita Federal.
Segundo declaração de bens
apresentada pela petista à Justiça Eleitoral, Marta tem
80.968 cotas da Copará Organização e Administração, no valor de R$ 2.876,96.
Pela declaração encaminhada por Marta em 2004 - quando disputava a reeleição para a
Prefeitura de São Paulo - ela
comprou as ações do pai, Luiz
Affonso Smith de Vasconcellos,
em agosto de 2003.
Mas, desde de julho de 2004,
a empresa é considerada "inapta" pela Receita Federal. Conforme o Cadastro Nacional de
Pessoa Jurídica, a empresa é
"omissa não localizada".
Segundo definição descrita
na página do Cadastro Nacional de Inadimplência, a inscrição inapta "é relativa a contribuinte omisso que não atendeu
à intimação da Receita para regularizar sua situação. É designado omisso o contribuinte
que fica cinco ou mais exercícios consecutivos sem apresentar declarações à Receita".
Esse também é o conceito
fornecido pela Receita. Nesse
caso, a empresa não fez suas declarações de renda, nem foi localizada pela Receita para cobrança dos débitos.
A Copará também não foi localizada pela Folha no endereço fornecido ao 3º Cartório de
Registro da Pessoa Jurídica.
Pelos registros, ela funcionaria
no Jardim América.
Falando em tese, o tributarista Rogério Gandra explica
que a expressão inapta lançada
no cadastro nacional refere-se
apenas à inadimplência. Mas,
como a situação cadastral é de
2004, quatro anos atrás, tudo
indica que a empresa seja alvo
de um processo.
Do contrário, a Receita perderia direito aos créditos, já
que o prazo para prescrição é
de cinco anos.
Procurada, a assessoria de
imprensa da candidata informou: "Marta somente possui
ações (é cotista). Recebeu as
ações em herança. E ela não
participa da administração da
empresa".
Pelas informações obtidas
pela Folha, a empresa foi criada em 1966, sendo administrada por parentes de Marta.
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