São Paulo, quarta-feira, 24 de outubro de 2007 |
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Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br Vai passar
Governo e oposição continuarão a desempenhar
seus respectivos papéis no drama -o primeiro oferecendo algumas facilidades e a segunda impondo outras dificuldades-, mas, no próprio DEM, sempre
mais aguerrido do que o parceiro PSDB, impera hoje a
avaliação de que o Planalto já tem votos suficientes
para aprovar a CPMF no Senado, necessitando apenas não sair do script para manter os apoios já conquistados. Um senador "demo" diretamente envolvido com a tramitação da emenda apresentou a um colega sua planilha particular: ela registra, no cenário
mais conservador, oito votos além dos 49 de que o governo precisa para prorrogar o imposto do cheque. Aparências. Na bancada do PSDB, há quem manifeste incômodo diante da constatação de que o partido se transformou em "trunfo do governo". Em almoço ontem, alguns pediram que os líderes "endureçam o discurso". Pires na mão. A bancada gaúcha não criará obstáculo à prorrogação da CPMF. Mesmo o indócil Pedro Simon (PMDB) é favorável, dada a situação fiscal do Estado. Nova era. Valdir Raupp (RO) diz que se sente "aliviado" e "mais líder do PMDB do que nunca" desde que o presidente do Senado se licenciou do cargo. "Renan nunca foi meu chefe", sentencia.
Outro lado. A ministra
Marina Silva (Meio Ambiente) nega ter procurado Dilma
Rousseff (Casa Civil) para reclamar de Reinhold Stephanes (Agricultura), porta-voz
de um projeto do governo que
pretende incentivar o plantio
de cana-de-açúcar para produção de biodiesel em algumas áreas da Amazônia. Segundo a assessoria de Marina,
ela conversou recentemente
sobre o assunto com Stephanes, por duas vezes, "com todo respeito e serenidade". Aí não. O senador Sibá Machadom (PT-AC) levou bronca dos colegas de partido por ter aprovado o plano de trabalho da CPI das ONGs, que inclui investigar financiamento externo às entidades, convênios com ministérios e renúncia fiscal para quem contribui. Um lá... Apesar de negarem atritos a respeito do fundo soberano que o governo planeja criar, Guido Mantega e Henrique Meirelles não foram exemplo de união em Washington. Anteontem, o presidente do BC falou pela manhã e depois sumiu do evento que incluía almoço em homenagem ao ministro da Fazenda. ...outro cá. Já no prêmio que Meirelles ganhou no domingo, a fila de cumprimentos incluía Luciano Coutinho (BNDES), Octavio de Barros (Bradesco) e o ex-ministro tucano Pedro Malan, mas nada de Mantega. Ao sair, Meirelles esqueceu a estatueta de "melhor presidente do BC", ganha de publicação européia.
Visita à Folha. Alcides
Parizotto, presidente do Conselho Administrativo e fundador da InPAR, Cesar Augusto
Parizotto, presidente da empresa, e Ricardo Del Guerra
Perpetuo, diretor financeiro e
diretor de relações com investidores, visitaram ontem a
Folha. Estavam acompanhados de Graziele do Val, sócia-proprietária da Communicação Assessoria Empresarial.
Contraponto
Em meio à onda de processos no Senado, Álvaro Dias
(PSDB-PR) se recordou de história ocorrida em 1976. O
então deputado federal pelo MDB fez um discurso duro
contra os militares em um cinema no interior do Paraná,
sem saber que um informante do governo gravava a fala. |
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