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Sem candidato ao governo no RJ, Serra sofre para armar palanque
Dilma, por sua vez, tem apoio de Cabral e Garotinho, líderes nas pesquisas
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
Provável candidato da oposição à Presidência, o governador
de São Paulo, José Serra
(PSDB), enfrenta dificuldade
para montar um palanque estadual para sua campanha no Rio
de Janeiro, terceiro maior colégio eleitoral do país.
A ministra e pré-candidata
de Lula, Dilma Rousseff (Casa
Civil), por sua vez, conta com os
dois mais fortes candidatos ao
governo do Rio: o atual governador Sérgio Cabral (PMDB) e
o ex-governador Anthony Garotinho (PR). Líder, Cabral tem
de 36% a 39% das intenções de
voto, e Garotinho, de 23% a
24%, segundo o Datafolha.
A oposição, com a aliança
DEM-PSDB-PPS, permanece
indefinida. As lideranças do
bloco devem se reunir a partir
deste fim de semana para formatar a aliança, que tem como
uma das prioridades dar visibilidade a Serra no Estado.
Sem nomes com densidade
eleitoral no PSDB e no PPS, o
candidato dos sonhos do grupo
é o deputado federal Fernando
Gabeira (PV-RJ), que tem de
14% a 17%, segundo o Datafolha. O problema para Serra é
que Gabeira -que não se definiu entre Senado e Câmara- já
anunciou que vai apoiar Marina Silva (PV) à Presidência.
"O campo está muito confuso. É possível encontrar candidato ao governo que não seja
eu, que possa aglutinar todos os
partidos", disse ontem.
Uma opção seria o ex-prefeito da capital Cesar Maia
(DEM), que também diz querer
o Senado. Na terça-feira, Maia
se encontrou com o adversário
Anthony Garotinho. A versão
do lado de Garotinho é que se
falou em apoio recíproco, com
o ex-governador candidato ao
Executivo, e Maia ao Senado.
Como Garotinho apoia Dilma, a vereadora Lucinha
(PSDB), que seria candidata a
vice de Maia, apoiaria Serra
-um "sonho", segundo o presidente do diretório municipal
tucano, Luiz Paulo.
Situação
O prefeito de Nova Iguaçu,
Lindberg Farias (PT), desistiu
da candidatura ao governo do
Estado depois de ser pressionado por Lula. Ele apoia Cabral,
mas disputa com Benedita da
Silva a candidatura ao Senado
pela chapa do governador.
O PDT, que negocia apoio a
Cabral, pode lançar o deputado
estadual Wagner Montes ao governo, se não emplacar Miro
Teixeira candidato ao Senado.
Além de Miro, Benedita e
Lindberg, o deputado estadual
Jorge Picciani -aliado histórico de Cabral no PMDB- também quer a candidatura pela
chapa do governador.
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