São Paulo, sábado, 26 de agosto de 2006

Vida de atleta na floresta

É bem puxada a vida dos pesquisadores que seguem diariamente os muriquis na mata, de sol a sol. O trabalho diário começa antes do amanhecer, pois eles precisam encontrar o grupo no mesmo local onde ele passou a noite no dia anterior.
Os pesquisadores estão sempre munidos de bloquinho e caneta na mão para anotar o comportamento dos macacos. O binóculo dá uma ajuda para observar melhor o grupo nas alturas. Eles procuram também os rastros deixados pelos animais no chão -colhem, por exemplo, frutos, folhas e fezes, que são, depois, analisados em laboratório.
E precisam de muuuito fôlego para acompanhar por terra os macacos que dão saltos de até dez metros na copa das árvores. "Às vezes, a gente anda dez quilômetros no sobe-e-desce da mata", diz Talebi. Ufa! Pesquisador tem de ser também atleta na floresta. (GR)

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