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História Como no tempo dos tataravós No centenário da imigração japonesa, saiba como artes nipônicas persistem no dia-a-dia dos pequenos descendentes
GABRIELA ROMEU DA REPORTAGEM LOCAL CLARICE CARDOSO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Há quase cem anos (na verdade, 87), Yoshio Ivamoto chegava ao Brasil com apenas um ano de idade. Quem diria que hoje, passado tanto tempo, Leonardo Naoyuki Nakamura, 12, bisneto de Yoshio, iria gostar tanto de uma tradição que veio da terra do bisavô. O menino é um lutador de sumô, uma das artes marciais daquele país distante -conheça mais abaixo. "Quando comecei no sumô, meu avô disse que eu teria que comer bastante porque os lutadores do Japão são mais gordinhos", diz. E completa: "Mas não é assim no Brasil. Aqui, precisa ter agilidade para lutar". O bisavô de Leonardo está entre os 210 mil japoneses que vieram para o Brasil. Os primeiros 781 imigrantes chegaram em 18 de junho de 1908, a bordo do Kasato Maru, há quase cem anos. Esses pioneiros foram trabalhar nas fazendas de café do interior de São Paulo. A idéia era batalhar duro aqui por um tempo, juntar dinheiro e voltar para o Oriente. Mas poucos conseguiram concluir esse plano. Boa parte aqui ficou. Hoje, o Brasil tem 1,5 milhão de japoneses e descendentes -é a maior comunidade japonesa fora do Japão. E muitos dos pequenos descendentes ainda cultivam tradições trazidas na bagagem de seus ancestrais. Conheça algumas a seguir. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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