São Paulo, sábado, 14 de outubro de 2006

Correr, pular e saltar

Saiba por que as crianças curtem as atividades de educação física na escola

Renato Stockler/Folha Imagem
Letícia Robles Palermo, 10, durante circuito de atividades da Escola Castanheiras; à direita, outro momento da atividade


AMANDA POLATO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Nada de abdominal ou corrida em volta da quadra. Em alguns colégios de São Paulo, a regra da aula de educação física agora é entrar em atividades diferentes: escalada, ioga e carrinho de rolimã.
E tem gente que curte as novidades nas quadras. Para Lorenzo Baraldi, 8, "a educação física normal é chata". "Só porque não corro rápido me escolhem por último para os times", diz.
Lá na Escola Lourenço Castanho, o menino prefere uma aula complementar e diferente, chamada de "educação do movimento", em que as crianças fazem brincadeiras corporais.
Elas imitam coisas e bichos, brincam de pega-pega do silêncio (não vale falar), correm, param em posições diferentes, sem tocar os pés no chão. Em grupos, formam quadrados e estrelas.
Mas há invenção para todos os gostos. Os mais tranqüilos curtem as aulas de ioga no Colégio Hugo Sarmento. "É um relaxamento. Quando eu estou ansioso antes da prova, faço ioga, e ela ajuda a ficar mais calmo", diz Davi Cunha, 10.
Já para diminuir a competição nas aulas, muitos professores optam pelos jogos cooperativos, em que é mais importante se divertir do que ganhar ou perder. "É legal porque a gente pode se ajudar e também mudar as regras", diz Ianá Trentini, 9, da Escola Castanheiras.
E aqueles que curtem esportes radicais também têm vez na aula de educação física. É o caso de Caroline Sampaio, 9, da Escola Cidade Jardim Playpen, que prefere encarar os desafios das paredes de escaladas às "confusões" da aula tradicional. "Sempre tem gente que sai chorando da educação física porque todo mundo quer ficar no time dos melhores. A aula de escalada é mais tranqüila."
No vôlei ou na escalada, uma coisa é certa: "Na aula de educação física, você tem de se esforçar e se enturmar com todo mundo", explica Maria Luisa Oliveira, 9.

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