São Paulo, sábado, 9 de setembro de 2006

Saúde

Dente por dente

Métodos antigos -como amarrar a linha no dente e bater a porta- não são recomendados pelos dentistas

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se o dente de leite amoleceu, é porque o organismo já está se preparando para a troca dos dentes. Mas não é recomendável apressar esse processo, alerta a odontopediatra Lucia Coutinho.
"Métodos antigos -como amarrar a linha no dente e bater a porta- podem causar um trauma. Às vezes, mesmo mole, o dente ainda não está pronto para cair e pode doer e sangrar."
A odontopediatra Regina Genbelian concorda. "Se o dente é arrancado antes da época, o de baixo perde o referencial para crescer, e a criança pode ter de usar aparelho."

E se ele não cair?
Quando o dente de leite não cai, o permanente fica sem um referencial para crescer e escolhe um lugar próximo para aparecer e chamar a sua atenção: pode ser atrás do dente de leite ou até mesmo no céu da boca!
"O permanente "come' a raiz do dente de leite até "expulsá-lo' por completo", explica a dentista Gisele Borges Nogueira. Nesse caso, é melhor você ir ao dentista e verificar a época certa para extrair esse dente velho, já que o novo quer brilhar sozinho.
Os odontopediatras acreditam que o grande problema, nesses casos, é a falta de mastigação. Por isso eles aconselham que as crianças mordam e comam alimentos duros, como maçã e cenouras.
O cuidado com os dentes de leite é fundamental, diz a dra. Genbelian. "Quando eles estão sem cárie, há de 80% a 90% de chance de a dentição permanente ser sadia, sem cárie."

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