A Avenida Vila Ema, que atravessa bairros da zona leste como Vila Prudente, Parque São Lucas, Vila Ema e Sapopemba, é um dos focos das incorporadoras na região. São ao menos três novos empreendimentos em construção na via, segundo levantamento da consultoria imobiliária Geoimovel.
Todos os prédios têm apartamentos de dois dormitórios e médio padrão, voltados para quem quer comprar a sua primeira moradia.
"São imóveis de perfil mais econômico, bem feitos e que são muito buscados na região", descreve Igor Freire, que é diretor de vendas da imobiliária Lello.
Um dos novos empreendimentos é o Reserva Vila Ema, da Diálogo Engenharia. A torre, localizada na altura do número 4.049 da avenida, tem apartamentos de 62 m² e 82 m², com opções de dois e três dormitórios, e preço de R$ 6.700 por metro quadrado.
Na infraestrutura de lazer, há piscina, brinquedoteca, churrasqueira, bicicletário, espaço para os animais de estimação e academia.
Quase de frente a ele, na altura do número 4.146, está o Família Vila Ema, empreendimento da Developing Incorporadora com imóveis de 58 m², dois dormitórios e terraço gourmet. O preço do metro quadrado da unidade, ali, gira em torno de R$ 9.300.
Pouco mais de 1,5 quilômetro adiante está o Lisse Residence, investimento da PDG na altura do número 5.446 da avenida Vila Ema. São apartamentos de dois dormitórios e 56 m², vendidos por cerca de R$ 7.400 o metro quadrado.
Karime Xavier/Folhapress | ||
Torre em construção do Família Vila Ema, na avenida de mesmo nome |
CRESCIMENTO
Os novos prédios aceleram uma transformação já em curso nos últimos anos no perfil da avenida.
"Antes havia muitas casas, que foram dando lugar a essas novas construções", afirma Julio Takao, 62, dono há 12 anos de uma banca de jornal na avenida. Ele diz esperar que a expansão imobiliária atraia também mais comércio para o local.
"Temos um supermercado, uma relojoaria, uma loja de roupas. É pouco. Quando temos que fazer compras, sempre vamos a outros bairros."
Essa é a expectativa também de Rusni da Silva, 41, zelador de um prédio na avenida e morador da região há cinco anos. "Morava em Itaquera antes, mas gosto mais daqui, é mais sossegado. Os novos prédios ajudam a trazer comércio e segurança."
Segundo Silva, o transporte fácil é um dos pontos mais fortes da região hoje.
"Temos o metrô Vila Prudente [linha 2, verde] e o monotrilho [linha 15, prata] que está em obras. Linha de ônibus tem para onde você quiser. É uma localização estratégica, temos fácil acesso a vários lugares, inclusive ao ABC", lista o zelador.
A facilidade de ir da Vila Ema para outros bairros de São Paulo foi o que garantiu a fidelidade da auxiliar administrativa Katia Geraldo, 43, ao bairro e à avenida homônimas.
"Passei três anos em Angatuba, no interior, mas quando retornei a São Paulo, fiz questão de voltar pra cá."
Para Bruno Vivanco, vice-presidente da imobiliária Abyara, a avenida Vila Ema ganhou status justamente porque atravessa a zona leste.
Ele não acredita que o adensamento, concentrado na avenida, se espalhe pelo bairro a ponto de comprometer seu perfil. "Ali sempre houve muitas casinhas e não há terrenos muito grandes para fazer uma grande intervenção urbana."
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Perspectiva da sala do Reserva Vila Ema, na zona leste de São Paulo |
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Bairro faz aniversário de 122 anos
A Vila Ema teve origem em um loteamento lançado em 1891 pelo imigrante e investidor alemão Victor Nothmann. Na época da fundação, ocorrida oficialmente em 17 de outubro de 1894, quase 122 anos atrás, a região atraiu muitos alemães recém chegados ao Brasil.
O nome do bairro, escolhido por Nothmann, é uma homenagem à esposa do fundador -Emma Nothmann-, e teria sido abrasileirado, perdendo uma das letras, durante a Segunda Guerra. Hoje vivem no bairro, além dos descendentes de alemães, filhos e netos de libaneses e italianos.