Nuno Ramos revisita pintura e relevos em nova mostra na Pinacoteca

Durante os últimos nove meses, Nuno Ramos ficou imerso em tintas, vaselina e cera. "Não pintava assim há tempos", diz o artista, ícone da geração que ascendeu nos anos 80.

Algumas das cerca de vinte obras de "Houyhnhnms", em cartaz na Estação Pinacoteca, levaram entre 15 e 17 sessões de cinco horas cada para serem produzidas. O título da mostra, impronunciável até para Nuno, é inspirado em "As Viagens de Gulliver", de Jonathan Swift.

Os trabalhos estão divididos em quatro núcleos. O primeiro traz relevos coloridos feitos de metais, tecidos e tinta óleo. Já o segundo contempla sete desenhos dedicados às metamorfoses do deus grego Proteu.

A terceira parte apresenta as "dádivas", sistemas de escambo em que coisas disparatadas são trocadas. Numa das instalações, um Pierrô é substituído por um cavalo.

Por fim, uma sala exibe pinturas nas quais Ramos revisita um uso maciço da vaselina, utilizada por ele nos anos 1980: "Minhas pinturas nunca são elementos dominantes das exposições; quis acertar as contas e ver o que faria com elas."

Estação Pinacoteca. Lgo. Gen. Osório, 66, Luz, região central, tel. 3335-4990. Ter. a dom.: 10h às 17h30 (com permanência até às 18h). Até 15/11. Livre. Ingr.: R$ 6 (grátis até 18/10). GRÁTIS

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