São Paulo, 461

Paulo Caruso faz caricaturas de personagens ligados a SP

Você provavelmente já ouviu falar dos nomes Martinelli, Rebouças e Oscar Freire. Na ordem, eles batizam um imponente edifício no centro da cidade; uma avenida sempre entupida de veículos e uma rua com lojas requintadas.

Mas talvez nunca tenha parado para pensar que o primeiro também era alto, assim como o edifício que projetou –o estrábico italiano Giuseppe Martinelli tinha 1,90 m de altura. Que o segundo, negro, engenheiro, monarquista e abolicionista, chamava-se André. E que o terceiro entrou em medicina aos 14 anos.

É o que o cartunista paulistano Paulo Caruso conta, em palavras e traços, nas duas mostras abertas ao público em homenagem ao aniversário de São Paulo. "São pequenas e curiosas histórias que vão estar lá", explica o desenhista, que colaborou com o periódico "O Pasquim".

A exposição na Caixa Cultural, na praça da Sé —aberta no sábado (24)—, reúne cerca de 200 ilustrações, caricaturas, aquarelas e pôsteres traçados por Caruso (acompanhadas por pequenos textos biográficos, pesquisados e escritos pelo próprio).

Entre os desenhos estão os de dr. Arnaldo (fundador da Faculdade de Medicina da USP) e Gino Meneghetti (ladrão conhecido em São Paulo, morto em 1976, aos 98 anos).

Na av. Paulista (a partir deste domingo, 25), os totens pretos, que indicam os nomes das ruas que a cruzam, servem de suporte para os desenhos das pessoas que deram alcunha a elas –como José Coelho Pamplona e Joaquim Eugênio de Lima.

No Conjunto Nacional haverá bonecos (de 1,60 m) e painéis com as caricaturas e histórias dessas personalidades que viraram logradouros, além de nomes que marcaram a via mais paulistana de todas por meio de edifícios, como Pietro e Lina Bo Bardi.

"Cada um é uma surpresa", conta Caruso. Os trabalhos ficam em exibição até o dia 1º (Caixa) e 2 de março (Conjunto Nacional e av. Paulista).

A entrada é gratuita.

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