Filme com Bruno Gagliasso e Regiane Alves mostra tensão no meio do mato

Ficar em uma casa afastada de tudo, no meio de um parque e sem sinal de celular para o caso de emergência já causa certa tensão. Imagine então se um assassino em série estivesse solto por lá.

Esse é o mote do suspense "Isolados", que acaba de estrear nos cinemas e tem Bruno Gagliasso e Regiane Alves como protagonistas.

Ele interpreta o psiquiatra Lauro, e ela faz Renata, sua mulher, uma artista perturbada que também é sua paciente. Em busca de paz, eles vão passar uns dias numa casa isolada, na região serrana do Rio de Janeiro. A caminho do lugar, ele fica sabendo de uma série de homicídios de mulheres nos arredores, mas não conta nada para não assustá-la.

Quando o perigo se torna iminente, fatos e alucinações começam a se misturar, em meio a muito medo e suspense.

"Estamos no mesmo universo do filme 'A Ilha do Medo' [Martin Scorsese, 2010], tenho certeza de que os apreciadores do gênero irão gostar muito", diz Bruno. Sobre o processo de filmagem, Regiane conta que sentiu medo quando tiveram que ensaiar "no meio da floresta, sem luz, sem nada".

Com direção de Tomás Portella e roteiro de Mariana Vielmond, o filme também tem no elenco nomes como José Wilker (1944-2014) —que faz uma breve participação—, Juliana Alves, Orã Figueiredo e Sílvio Guindane.

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BATE-PAPO COM BRUNO GAGLIASSO

sãopaulo - As pessoas reparam em alguns erros de continuidade enquanto veem o filme, e, só no final, percebem que tudo faz sentido. Pra você, essa "quebra de percepção" é um dos atrativos?
Bruno Gagliasso - É sim, é uma característica do gênero, esse quebra-cabeça estranho é um dos grandes atrativos do filme.

Quais filmes podem ser comparados ao "Isolados"?
"Isolados" é um filme de suspense, então, como não poderia deixar de ser, quem gosta de suspense vai gostar de "Isolados". Estamos no mesmo universo de "A Ilha do Medo", tenho certeza de que os apreciadores do gênero irão gostar muito. No Brasil ainda não tem tantos filmes que apostaram suas fichas nesse gênero.

Você sentiu medo fazendo o filme?
Não dá para sentir medo num set de filmagem com tanta gente, mas tensão sim. As filmagens foram bem tensas e intensas, assim como toda a preparação que fizemos nas locações, inclusive com incursões no meio do mato, madrugada adentro. Mas nada próximo à tensão que as pessoas irão sentir nas salas de cinema.

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BATE-PAPO COM REGIANE ALVES

Vocês ficaram alguns dias naquela casa afastada. Sentiu medo? Você se sentiu incomodada em ficar lá, sem ninguém por perto?
Nós ensaiamos na casa uma semana antes de começar as filmagens, junto com a equipe preparando o set. Medo sentimos quando ensaiamos à noite no meio da floresta, sem luz, sem nada. Eu, Bruno [Gagliasso] e Tomás [Portella] apenas ouvindo os diversos sons e ensaiando algumas cenas. Precisávamos sentir na pele a sensação do medo, da atenção e da tensão. E sentimos!

O que foi mais difícil da sua preparação?
Entender e permitir até onde pode chegar a psique de um ser humano. Descobri que a depressão, a tristeza, a insegurança e a fragilidade têm o mesmo peso dos bons sentimentos. Como atriz, tive que entender, aceitar e permitir chegar a esses sentimentos para compor a personagem, e isso não é fácil.

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