Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Acompanhe a sãopaulo no Twitter
02/08/2012 - 03h00

São Paulo passa por 'recolonização' com novas redes europeias de alimentação

Publicidade

MARCELO QUAZ
DE SÃO PAULO

O que o estômago do paulistano tem a ver com o momento de crise no mercado europeu? É que um tem a fome, e o outro, a vontade de vender.

Três redes europeias fincaram o pé na cidade nos últimos meses e outras duas devem chegar até o fim do ano. São Paulo já ganhou uma doceria francesa Ladurée, três padarias belgas Le Pain Quotidien e quatro hamburguerias portuguesas H3. Neste mês, outra rede de Portugal da mesma especialidade, a Companhia das Sandes, aporta no shopping Paulista com o nome MySandwich. Em novembro, será a vez da suíça My Swiss Chocolate.

"É natural que economias em crise procurem economias emergentes, como a brasileira, que cresce acima da média em um cenário estável", explica o professor da Escola de Economia da FGV-SP Emerson Marçal.

Rogério Canella/Folhapress
Quatro hamburguerias portuguesas H3 já se instalaram em São Paulo; marcas europeias fogem da crise
Quatro hamburguerias portuguesas H3 já se instalaram em São Paulo; marcas europeias fogem da crise

Embora o destino seja o mesmo, os modelos de negócio são distintos. No caso da MySandwich, foram os detentores da marca em Portugal que procuraram o grupo brasileiro Ornatus, que administra franquias. "Como precisavam de alguém apto a lidar com gestão de redes locais, fomos isentos de taxas e royalties. O investimento também foi dividido", diz o diretor do Ornatus, Jae Lee.

Com a Le Pain Quotidien ocorreu o inverso. Segundo o diretor de operações, Luciano Neri, a iniciativa partiu daqui. "Preferimos buscar marcas conhecidas e pagar royalties de até 7% sobre o faturamento a construir marcas do zero", afirma o executivo.

No fim de agosto, Neri fechou contrato também com a My Swiss Chocolate, que hoje só trabalha com pedidos on-line, mas deve abrir em São Paulo sua primeira loja.

Há três meses na cidade, a Ladurée não precisou de grupos de investimento para abrir as portas. A iniciativa partiu de quatro amigos -três brasileiros e o francês Samy Sass, "restaurateur" em Mônaco.

Sócio da hamburgueria H3, o português Henrique Freire, avesso a franquias, diz que só conseguiu implantar lojas próprias com aporte financeiro de um grupo brasileiro. Feita para shoppings, a H3 conta com 40 unidades em Portugal e, por aqui, deve atingir dez lojas até dezembro, quando completa um ano em São Paulo.

A expansão paulistana, aliás, é a meta de todos. Até o fim do ano, serão outras três MySandwich. Para 2013, Sass prevê mais quatro Ladureé, enquanto Neri fala em três novas My Swiss Chocolate e três Le Pain Quotidien. Com tanta euforia, o professor Emerson Marçal faz um alerta para que os investimentos de fora aumentem: "Precisamos de uma política tributária mais clara, de menos burocracia e de mão de obra mais qualificada".

Informe-se sobre a Ladurée

Informe-se sobre a Le Pain Quotidien

Informe-se sobre a H3

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página