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'Poder público deve evitar privilégios', diz urbanista
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VANESSA CORREA
DE SÃO PAULO
Para o urbanista Renato Cymbalista, as reivindicações dos bairros são legítimas, mas não podem prejudicar o restante da cidade. Abaixo, leia entrevista:
Ezyê Moleda/Folhapress | ||
Para o urbanista Renato Cymbalista, o poder público tem de discernir o que é interesse legítimo da comunidade |
sãopaulo - Qual é a relação das associações com a produção das cidades?
Renato Cymbalista - Elas são atores sociais fundamentais no jogo urbano. São um dos elos entre o poder público e as reivindicações populares. Alguns dos movimentos atuais de classe média são em parte inspirados na atuação de Jane Jacobs nos bairros novaiorquinos na década de 1950, que conseguiu reverter grandes projetos arrasa-quarteirão. Sem essa organização, o Village não existiria, teria um minhocão passando por ele.
Quais são as estratégias usadas pelas associações?
As estratégias são muito variadas: negociação em gabinete, troca de votos por investimentos, projetos de iniciativa popular, recursos jurídicos, artigos de opinião publicados na mídia, abaixo-assinado, passeata, protesto, panelaço.
Elas são importantes em SP?
São, para o bem e para o mal. Podem servir para reivindicações legítimas, mas também para defender privilégios, e muitas vezes são instrumentalizadas por vereadores. A Constituição e o Estatuto da Cidade tornaram uma exigência legal a "gestão democrática da cidade". Os bairros entenderam isso e intervêm onde acham que seus direitos estão ameaçados.
O que fazer quando o interesse do bairro é contra o da cidade?
Fazendo uma divisão grosseira, as associações dos bairros ricos organizam-se contra mudanças: não querem metrô, corredor de ônibus. Já as pobres organizam-se para reivindicar: querem escola, asfalto. O poder público tem de discernir o que é interesse legítimo da comunidade e o que é defesa de privilégios em prejuízo da cidade.
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