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Russomanno e Marta se beneficiam de voto indeciso, diz Datafolha

Eduardo Anizelli/Folhapress
Doria, Marta, Major Olímpio (SD), o mediador Carlos Nascimento, Erundina, Haddad e Russomanno no debate do SBT, *Folha* e UOL
Doria, Marta, Major Olímpio (SD), o mediador Carlos Nascimento, Erundina, Haddad e Russomanno no debate do SBT, Folha e UOL

Pesquisa Datafolha mostra que Celso Russomanno (PRB) e Marta Suplicy (PMDB) são os candidatos a prefeito de São Paulo que mais se beneficiariam de mudanças de voto até o dia da eleição.

Segundo o levantamento, 39% dos eleitores que revelam o voto declaram que ainda podem mudar de ideia. Desses, 23% cogitam migrar para Russomanno e 23% para Marta.

O tucano João Doria receberia 15% dos votos pouco convictos, o prefeito Fernando Haddad (PT), 11% e a deputada federal Luiza Erundina (PSOL), 7%.

Os índices dão a temperatura do chamado voto útil, quando eleitores abrem mão do candidato de sua preferência na tentativa de derrotar um nome que rejeitam.

A eleição em São Paulo registra empate triplo e o cenário embolado se projeta também para o segundo turno.

Lideram a corrida Doria (25%), Russomanno (22%) e Marta (20%). Depois, Haddad (10%) e Erundina (5%).

Contratado pela Folha e a TV Globo, o Datafolha ouviu 1.260 pessoas na quarta-feira (21). A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

CONVICÇÃO

Marta colhe o ônus e o bônus de ter mudado para o PMDB após 33 anos no PT. De um lado, ela ainda tem o voto tradicionalmente petista na periferia. De outro, despertou desconfiança.

Essa situação se reflete em dois indicadores medidos pelo Datafolha. Primeiro, a candidata tem o menor grau de convicção dos eleitores em relação aos oponentes: 51% dos entrevistados que declararam voto nela afirmaram que ainda podem mudar de ideia.

Em comparação, 37% titubearam sobre Doria, 38% sobre Haddad, 39% sobre Russomanno e 45%, Erundina.

Segundo, o desconhecimento sobre o número da candidata é maior: 10% fizeram menções incorretas, ante uma média de 4%.

Para Alessandro Janoni, diretor de pesquisa do Datafolha, Marta e Russomanno têm eleitorados mais volúveis.

"Ele em função de declarações polêmicas. Ela pelo ruído que gera com a troca de partido. Nos dois casos, o eleitorado fica inseguro sobre o que esperar", afirmou.

Russomanno foi atacado pelos adversários depois de dizer que o aplicativo Uber atuava na "ilegalidade" e ao se negar a comentar a reforma trabalhista proposta pelo governo federal para não "naufragar".

MIGRAÇÕES

Os eleitores não convictos de Haddad apontam Marta (30%) e Erundina (24%) como segunda opção.

Petistas apontam uma divisão do eleitorado de esquerda da cidade como razão de sua posição nas pesquisas. Por isso, a campanha de Haddad elogiou Erundina, na tentativa de conquistar votos úteis da deputada. Em outra frente, o prefeito tenta vincular Marta ao governo de Michel Temer, ambos do PMDB, o qual o PT acusa de ser "golpista".

Entre os eleitores de Russomanno que ainda podem mudar de ideia, 37% veem Marta com mais chance de herdar votos e 32%, Doria.

Os votos inseguros de Marta podem ir para Russomanno (38%), Doria (16%) e Haddad (15%).

Entre os eleitores de Doria que admitem a possibilidade de mudar o voto, 34% apontam Marta com mais chance de ser escolhida e 32%, Russomanno.

Haddad herdaria 25% de votos poucos convictos de Erundina e Marta, 26%.

Editoria de Arte/Folha de S.Paulo

Para onde o voto migraria (em %) -

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