Para leitor, revitalizar igreja é o grande desafio do próximo papa

A liberdade de manifestação de ideias deve ser respeitada, mas respeitar não é, necessariamente concordar. Assim sendo, considero inaceitável e até retrógrada a pergunta/resposta do sr. Mateus Soares de Azevedo (Ciclo do Vaticano 2º se encerra com um dos seus ideólogos): "Constituiria a renúncia sinal de esgotamento do 'espírito do Vaticano 2º?' A resposta é sim".

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Penso que, se o sr. Mateus conhecesse as riquezas ainda inexploradas do Vaticano 2º, pensaria muito diferente.

O Vaticano 2º precisa, sim, ser reformatado e reatualizado, após 50 anos. No entanto diria que o sr. Ratzinger foi perito sim, mas efetivamente não foi o grande mentor do Concílio. Longe disto.

	Pier Paolo Cito/Reuters
	Capela Sistina preparada para conclave de 2005, quando Bento 16 foi eleito; templo foi fechado nesta terça

Por outro lado, por motivos diversos que não cabe abordar aqui, o Vaticano 2º foi, em parte, silenciado, com imenso prejuízo para a igreja e para a humanidade. E fez muito falta.

O Vaticano 2º foi um verdadeiro Pentecostes, uma revolução na linha do Evangelho. Para revitalizar a igreja, um dos caminhos é a retomada dos grandes ensinamentos, da sabedoria e das grandes reservas matriciais que estão ainda estancadas no Vaticano 2º.

O Concílio Vaticano 2º é obra de Deus e de grandes sábios. Respeitemos. Não podemos amordaçar o espírito, como alguns tentam. O Concílio Vaticano 2º jamais poderá ser esquecido.

Reativá-lo, para revitalizar a igreja é o grande desafio do próximo papa.