Para leitores, desculpas da Odebrecht são desonestas e esfarrapadas
ODEBRECHT
Ridículo e, mais uma vez, desonesto o "mea culpa" da Odebrecht. Eles informam à digníssima audiência que participaram de "práticas impróprias". Prática imprópria é cutucar o nariz em público. Eles fizeram parte do maior esquema mundial de corrupção e de apropriação do dinheiro público por agentes privados. Tiraram verbas que iriam salvar vidas, prover habitação e saneamento, educação. Eles se uniram ao que há de pior na política brasileira. "Práticas impróprias" o caramba. Crime, sim.
ANTONIO PEDRO DA SILVA NETO (São Paulo, SP)
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Li e reli varias vezes a carta da Odebrecht. Considero tais desculpas bem esfarrapadas. Tenho a impressão que seus dirigentes não avaliaram o mal que fizeram à sociedade. Não devem ter noção de quantas pessoas deixaram de ser atendidas nos hospitais, quantas crianças morreram ou não estudaram por causa do dinheiro desviado que faltou aos cofres públicos. Foram, a bem da verdade, como um "serial killer". E lamentavelmente só vão devolver R$ 6 bilhões em 20 anos.
IRIA DE SÁ DODDE (Rio de Janeiro, RJ)
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TRAGÉDIA NO FUTEBOL
Chapecó é uma cidade pequena, de 200 mil habitantes, não há clima para manifestação política, desculpa mal dada. Se a intenção era ser solidário aos familiares, o plano saiu errado. Concordo com as palavras do pai do jogador, pensaria da mesma forma se fosse um filho meu. Temer mostra mais uma vez sua vaidade e arrogância.
("Temer desiste de ir a velório coletivo por medo de vaia, e parente vê desrespeito", "Tragédia no futebol", 3/12)
DENISE MESSER (Rio de Janeiro, RJ)
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Que coisa! Em um momento como este, gente capaz de usar uma tragédia dessas para fazer protesto. Falta de respeito total.
LUCAS SENA (Vitória, ES)
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DESEMPREGO
O presente de Natal mais pedido pelas crianças a Papai Noel este ano será um emprego para seus pais. Sem ironia!
JOSÉ MARQUES (São Paulo, SP)
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CRISE NOS ESTADOS
O Rio de Janeiro quebra, Geraldo Alckmin traz pra São Paulo o ex-secretário da Fazenda de lá, Renato Villela. O Rio Grande do Sul quebra, Geraldo Alckmin traz a parceria da consultoria tributária que desenvolveu os trabalhos para a administração tributária de lá, o MBC (Movimento Brasil Competitivo). Vamos mesmo esperar um strike 3?
FÁBIO FÉLIX (São Paulo, SP)
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FIDEL CASTRO
Fazendo um balanço entre as opiniões favoráveis e contrárias à memória de Fidel Castro publicadas nesse espaço, fico a favor dos contrários. Afinal, nos tempos de Fulgêncio Batista, quando Cuba era um quintal dos EUA, dominado pelas máfias, o povo cubano estava bem servido de alimentação, serviços de saúde, educação, habitações confortáveis, e não havia assassinatos daqueles que desafiavam o poder. Foi Fidel que pôs tudo a perder.
JOSÉ MARIA ALVES DA SILVA (Viçosa, MG)
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URBANISMO
O Plano Diretor visava acabar com isso : menos espigões, empreendimentos mistos, mais próximos de terminais de ônibus e metrôs. Certa vez, Haddad disse que era para não criar bairros como o Itaim Bibi. Foi criticado.
FERNANDO MONTEIRO (São Paulo, SP)
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COLUNISTAS
Excelente o recado de Hélio Schwartsman aos parlamentares. Se a gravidade da crise não basta para comovê-los, "deveriam lembrar que a comida na cadeia tende a ficar pior se o Estado estiver falido". Sérgio Cabral que o diga.
RINEU SANTAMARIA FILHO (Lauro de Freitas, BA)
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Sobre a coluna de Marina Dias, "Aliado indócil", a classe política brasileira é da mesma laia, salvo raras exceções. E o que é pior: adoradores desses crápulas torcem como alienados torcedores de futebol. Quando o povo brasileiro honesto, que trabalha, estuda e produz se unir, essa gente terá medo.
MARIA ANGELICA BRITO (São Paulo, SP)
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VOTAÇÃO NA CÂMARA
Segundo o site no qual a reportagem "Um raio-x da madrugada na Câmara" ("Poder", 1º/12) se baseou, mais de 90% das chamadas "ocorrências judiciais" se referem a apontamentos do TCE. Nenhuma se refere a corrupção, desvio de dinheiro, e sim a questionamentos normais de uma administração com 14 mil colaboradores. Administrei R$ 16 bilhões sem uma única acusação de corrupção em oito anos. Apoiei as "dez medidas" desde o início. Votei a favor do relatório e contra todas as tentativas de barrar a Lava Jato. Os dados contabilizados como "ocorrências judiciais" não sustentam a reportagem e me causam enorme injustiça.
EDUARDO CURY, deputado federal (PSDB-SP), (Brasília, DF)
RESPOSTA DA DIRETORA DA AGÊNCIA LUPA, CRISTINA TARDÁGUILA - "Ocorrências judiciais" é expressão da Transparência Brasil para falar dos inquéritos e ações dos parlamentares na Justiça comum, eleitoral e nos tribunais de contas. Eventuais contestações devem ir para a entidade. A Agência Lupa apenas tabulou dados públicos.
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Para entender como o PSDB se mantém há 20 anos no governo de SP, basta ver "Mudanças em pacote anticorrupção tiveram apoio de PMDB, PT e PP". Vários partidos tiveram participação, inclusive o PSDB, mas só três arcaram com a manchete.
TÂNIA CRISTINA DE M. CUNHA (São Paulo, SP)
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