São Paulo, domingo, 21 de outubro de 2007

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Até esportivos se rendem à dupla, mais propensa a acidentes

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com a ampla propagação da onda grisalha no trânsito, até os modelos esportivos estão sob ameaça. Ainda que as montadoras sigam apostando nas cores alternativas, as vendas levam os esportivos para o lado negro -e prata- da força.
Quando o Civic Si chegou ao mercado, em março, a Honda apostou na cor vermelha. Nos primeiros dias de produção, 60% dos carros fabricados eram rubros, e 40%, pretos.
Mas, para atender a pedidos do mercado, a montadora incluiu o prata no "mix" de cores do Civic Si. Hoje, a cor vermelha restringe-se a 5%.
"O motorista quer o benefício do esportivo, mas com discrição", diz Marcos Martins, gerente de venda da Honda.
Para o designer de cores da Rainbow Brasil Marcos Quindici, também nos esportivos a questão passa pelo bolso. "No Brasil, o carro é um investimento, e não objeto de consumo. É também um patrimônio, precisa se manter valorizado."
A escolha, no entanto, deixa de lado a segurança. Quanto mais escuro o carro, mais está propenso a se envolver em acidentes, diz o Centro de Estudos de Acidentes da Universidade Monash (Austrália).
A análise dos dados de 1987 a 2004 em dois Estados australianos revelou que os carros pretos têm 12% mais chance de se envolver num acidente que os brancos, os mais seguros. Em seguida, aparecem os cinzas (11%), e os pratas, (10%). Vermelhos e azuis têm 7%.
O problema é o baixo contraste da cor do veículo com a do ambiente. À noite, a cor influi menos, pois os faróis praticamente a neutralizam.

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