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ÚLTIMA PLÁSTICA
Flexível, Nissan
Tiida enfrenta
Chevrolet Vectra
GT na briga dos
carros com os
dias contados
FELIPE NÓBREGA
DA REPORTAGEM LOCAL
Corre o boato de que a Fiat
está negociando a compra da
Opel (braço europeu da GM). E,
ainda assim, ela mostrou anteontem na Alemanha como
será a próxima geração do Astra -chamado aqui, com toda a
pompa, de Vectra GT.
Também dizem que a Fiat está negociando a compra da GM
do Brasil. E ela acaba de mostrar aqui o Vectra GT, apenas
reestilizado com a nova grade e
uma dúzia de cavalos a mais.
Lá ou aqui, a GM assiste à
inegável ascensão dos japoneses. Desde 2001, o Vectra sedã
cedeu o reinado para o Honda
Civic e para o Toyota Corolla.
Já entre os hatches médios, a
versão GT em dois anos de
existência nem sequer sentiu o
gostinho de liderar as vendas.
O físico "marombado" pelo
menos ajuda na pose de esportivo, principalmente agora que
teve a potência do seu arcaico
motor 2.0 elevada para 140 cv
(cavalos) com álcool -12 cv a
mais que o GT anterior.
Sem nenhuma mudança no
visual, o Nissan Tiida também
passou por evoluções mecânicas. O motor 1.8 16V (126 cv) é
flexível desde o mês passado.
Mas lembra-se daquela sina
do Vectra com os "japoneses"?
Pois é, o Tiida é a pedra oriental no caminho do GT.
Não que o Nissan seja uma
unanimidade em vendas. Pelo
contrário, mesmo vindo do
México sem Imposto de Importação e a preço competitivo,
o Tiida é o lanterninha dos hatches médios -emplacou no
mês passado apenas 358 unidades ante 973 do Vectra GT.
O Nissan, na verdade, adora
assombrar o rival com a fita
métrica. Além de confortável, o
modelo "japonês" tem interior
mais espaçoso e versátil.
Lá dentro, os ocupantes parecem estar a bordo do Citroën
C4 Pallas, tamanha a área para
as pernas.
Destaque para o banco traseiro com encosto reclinável e
assento deslizante em 24 cm.
Dá para ampliar o porta-malas
do hatch para até 463 litros -o
do Chevrolet leva 345 litros.
Avesso do avesso
A fita métrica também serve
para medir o montante de dinheiro extra necessário para levar o Vectra GT-X (R$ 64.134).
Ele custa 12% a mais que o
Tiida SL (R$ 56.880) e vem
igualmente "recheado" de
equipamentos. Há controlador
de velocidade, bancos de couro
e freios ABS (antitravamento)
-itens indisponíveis nas versões de entrada dos dois.
Sem precisar virar do avesso
para hipnotizar, o modelo da
Chevrolet vestido de azul e calçado com rodas diamantadas
de 17" deixaria o Tiida vermelho de raiva diante do espelho.
Mas, após o enésimo upgrade
-agora com dois catalisadores
para se enquadrar nas novas
exigências ambientais-, o motor 2.0 da GM deu fôlego extra
ao Vectra. Só que sua pinta de
esportivo some diante do Nissan assim que o velocímetro
passa dos 60 km/h.
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