ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO

O borracheiro José Barra Nova de Melo, 46, o "Zé da Pipa", foi condenado na última quinta-feira a 11 anos por ter abusado de pelo menos dez crianças em Catanduva, no interior de São Paulo.
O julgamento, que durou seis horas, foi referente ao primeiro dos dois inquéritos abertos na cidade sobre abuso de crianças. No segundo, se investiga a existência de uma suposta rede de pedofilia que envolveria "Zé da Pipa" e mais sete pessoas.
William Melo de Sousa, 19, acusado de ajudar o tio "Zé da Pipa" nos abusos, pegou pena de sete anos e meio, mas terá o direito de recorrer em liberdade.
Depois do depoimento das dez crianças, o juiz Celso Maziteli Neto, da 1ª Vara Criminal de Catanduva, interrogou Barra Nova, que confessou parte das acusações. O sobrinho negou qualquer participação, como já havia feito na passagem da CPI da Pedofilia, do Senado, por Catanduva, em março.
Apesar da confissão parcial, "Zé da Pipa" negou que os abusos tenham sido filmados para alimentar uma rede de pedofilia na cidade. Ele disse ao juiz que nunca teve computador na casa onde morava, no Jardim Alpino.
"Ele não confirmou todos os depoimentos das crianças, mas confessou culpa parcial, o que nos deu subsídio para pedir prazo grande de prisão, apesar das provas documentais já serem bastante sólidas", disse o promotor Antônio Bandeira Neto.
O Gaeco de São José do Rio Preto continua apurando o segundo inquérito do caso.


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