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PT diz que não financiará campanha de aliados
Estratégia será pedir a empresários que repassem recursos diretamente a algumas siglas
VALDO CRUZ
DE BRASÍLIA
A equipe da candidata Dilma Rousseff decidiu que não
irá assumir o financiamento
de campanhas de partidos
aliados na eleição de 2010,
como já ocorreu no passado.
Segundo relato de um assessor da petista, cada um terá de cuidar diretamente do
financiamento de sua eleição
neste ano.
O PT, contudo, não deixará de ajudar pelo menos indiretamente os aliados. A estratégia será pedir a empresários que financiem alguns
candidatos da coligação.
Ou seja, em vez de receber
doações de campanha e repassá-las a candidatos da base governista, a orientação
será solicitar que as empresas depositem diretamente
na conta desses aliados.
A decisão foi tomada pelos
coordenadores da equipe de
Dilma na busca de tentar evitar perda de controle sobre
gastos e montagem de operações pós-campanha para
quitar dívidas de aliados.
Segundo um assessor petista, o partido não quer correr riscos de ser acusado de
bancar um novo mensalão
-esquema de distribuição
de recursos a aliados ocorrido no primeiro mandato do
presidente Lula, que está sob
julgamento no STF (Supremo
Tribunal Federal).
Uma das explicações dadas por partidos da base aliada, flagrados recebendo dinheiro do mensalão do PT, é
que o dinheiro de caixa dois
seria usado para pagar dívidas de campanha.
A decisão foi tomada depois que a equipe de Dilma
começou a ser procurada por
candidatos que apoiam a petista, como um candidato a
governador pelo PSB, em
busca de recursos.
CONTATOS
Os contatos com os aliados
serão centralizados no presidente do PT, José Eduardo
Dutra, um dos principais
coordenadores da campanha
de Dilma Rousseff.
O presidente do PT ficará
responsável por atender os
partidos da coligação e indicar a eles quais empresários
deverão procurar.
Além de PT e PMDB, participam da coligação em torno
de Dilma PSB, PDT, PC do B,
PR e PSC. A expectativa é que
a chapa de Dilma arrecade
R$ 157 milhões para financiar
apenas os gastos da campanha presidencial.
Desse total, a previsão é
gastar R$ 110 milhões no primeiro turno, ficando os R$ 47
milhões restantes para um
eventual segundo turno.
Centralizando esses gastos
na disputa presidencial, o comando da campanha petista
espera ter mais controle sobre as contas eleitorais e evitar questionamentos futuros.
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