São Paulo, quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Garotinho é condenado a dois anos e meio de prisão

Acusado de formação de quadrilha, ex-governador pode recorrer em liberdade

Candidato a deputado federal diz ser vítima de perseguição; segundo Justiça, ele comandava esquema de corrupção


HUDSON CORRÊA
DO RIO

O ex-governador do Rio Anthony Garotinho (1999 a 2002) foi condenado pela Justiça Federal a dois anos e seis meses de reclusão por formação de quadrilha. Ele pode recorrer em liberdade.
Segundo a sentença da 4ª Vara Criminal, Garotinho era chefe de um grupo instalado dentro da Polícia Civil que, em troca de dinheiro, beneficiava investigados e deixava de reprimir o jogo de caça-níqueis no Rio.
Garotinho (PR), candidato a deputado federal, afirma ser vítima de perseguição. Ele já tinha outra condenação do Tribunal Regional Eleitoral, que o tornou inelegível até 2011 por suposto abuso do poder econômico nas eleições de 2008, mas recorreu e conseguiu liminar para registrar a candidatura.
A sentença do dia 18 passado, divulgada ontem, é resultado de denúncia da Procuradoria feita em 2008 contra Garotinho e o ex-chefe da Polícia Civil Álvaro Lins.
Os dois foram acusados de comandar esquema de lavagem de dinheiro, corrupção e facilitação ao contrabando.
Lins foi condenado de 28 anos de prisão. Ele chefiou a polícia em parte da administração de Garotinho e na gestão de Rosinha Matheus (2003 a 2006).
O embrião da ação penal que resultou nas condenações é a Operação Gladiador da Polícia Federal, em 2006, contra o jogo de azar no Rio.
O juiz transformou a pena de Garotinho em dois tipos de punição: prestação de serviço à comunidade, ainda a ser definido, e proibição de exercer cargo público e mandato eletivo. A sentença também se estendeu a outras oito pessoas, entre ex-policiais e familiares de Lins.


Texto Anterior: Foco: Geddel borra imagem de rival petista em propaganda na TV
Próximo Texto: Outro lado: Ex-governador afirma que decisão judicial é "absurda"
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.