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Garotinho é condenado a dois anos e meio de prisão
Acusado de formação de quadrilha, ex-governador pode recorrer em liberdade
Candidato a deputado federal diz ser vítima de perseguição; segundo Justiça, ele comandava esquema de corrupção
HUDSON CORRÊA
DO RIO
O ex-governador do Rio
Anthony Garotinho (1999 a
2002) foi condenado pela
Justiça Federal a dois anos e
seis meses de reclusão por
formação de quadrilha. Ele
pode recorrer em liberdade.
Segundo a sentença da 4ª
Vara Criminal, Garotinho era
chefe de um grupo instalado
dentro da Polícia Civil que,
em troca de dinheiro, beneficiava investigados e deixava
de reprimir o jogo de caça-níqueis no Rio.
Garotinho (PR), candidato
a deputado federal, afirma
ser vítima de perseguição.
Ele já tinha outra condenação do Tribunal Regional
Eleitoral, que o tornou inelegível até 2011 por suposto
abuso do poder econômico
nas eleições de 2008, mas recorreu e conseguiu liminar
para registrar a candidatura.
A sentença do dia 18 passado, divulgada ontem, é resultado de denúncia da Procuradoria feita em 2008 contra Garotinho e o ex-chefe da
Polícia Civil Álvaro Lins.
Os dois foram acusados de
comandar esquema de lavagem de dinheiro, corrupção e
facilitação ao contrabando.
Lins foi condenado de 28
anos de prisão. Ele chefiou a
polícia em parte da administração de Garotinho e na gestão de Rosinha Matheus
(2003 a 2006).
O embrião da ação penal
que resultou nas condenações é a Operação Gladiador
da Polícia Federal, em 2006,
contra o jogo de azar no Rio.
O juiz transformou a pena
de Garotinho em dois tipos
de punição: prestação de serviço à comunidade, ainda a
ser definido, e proibição de
exercer cargo público e mandato eletivo. A sentença também se estendeu a outras oito
pessoas, entre ex-policiais e
familiares de Lins.
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