DE BRASÍLIA
DE BELO HORIZONTE

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, respondeu indiretamente ontem às críticas pelos recentes cancelamentos de sabatinas e debates previamente agendados. Para uma plateia de petistas em Brasília, disse que está "preparada para ganhar os debates políticos".
Dilma disse que a oposição "sempre subestimou" o PT. "Eles jamais esperariam que, no final de maio início de junho, estivéssemos empatados [nas pesquisas de intenção de voto]", afirmou.
A petista fez uma aparição rápida na abertura da reunião do Diretório Nacional.
Pediu empenho das lideranças de seu partido para eleger o maior número possível de deputados e senadores, para melhorar a "correlação de forças" no Congresso e garantir a governabilidade caso ela seja eleita.
Ela evitou comentar a polêmica da imposição do apoio do PT a Roseana Sarney no Maranhão.

MINAS
Em viagem a Tiradentes (MG), A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse ontem que a imprensa inventou problemas no PT-MG e que não há descontentamento da militância com a proibição de um petista ser candidato ao governo.
Essa imposição foi feita para atender à aliança nacional com o PMDB, em prol de sua candidatura.
Para Dilma, não se pode esperar que a imprensa diga que "a paz reina" no PT.
Ela fez a afirmação quando questionada sobre os esforços para atrair a militância do PT em torno da candidatura ao governo do senador Hélio Costa (PMDB), o nome imposto pelo PT nacional.
"Acho que a militância do PT não está com todos esses problemas que aparecem nos jornais. O PT tem demonstrado uma imensa capacidade de unidade nesta eleição. Acredito que em Minas não vai ser diferente."
Por conta da imposição, a ex-deputada federal Sandra Starling -militante histórica do partido- se desfiliou do PT, chamando Lula de "caudilho" e dizendo que o PT nacional não respeita sua base.
O PT nacional e o PMDB buscam convencer Patrus a ser vice de Costa para atrair a militância. Na palestra a empresários, ao lado de Costa e do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT), Dilma fez apelo para que Patrus aceite a missão que querem lhe dar.
Na palestra, Dilma reclamou da imprensa mais duas vezes. Ao defender a liberdade de imprensa. Ela disse que mais vale a crítica do que "uma imprensa de boca fechada publicando receita de bolo ou poesia", como ocorria na ditadura. (ANA FLOR, RANIER BRAGON E PAULO PEIXOTO)


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