São Paulo, segunda-feira, 07 de novembro de 2011

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Alckmin quer aliança alternativa a PSD

Kassab tenta obter apoio do PSDB para a eleição paulistana, mas governador corteja PP, PSB, DEM e PDT

Tucano trabalha para que acordos sejam costurados antes de o PSDB definir seu candidato para 2012

DANIELA LIMA

DE SÃO PAULO

O governador Geraldo Alckmin quer construir um arco de alianças alternativo ao proposto pelo prefeito Gilberto Kassab, que trabalha para unir seu partido, o PSD, ao PSDB nas eleições para a Prefeitura de São Paulo em 2012.
Alckmin já esteve com líderes do PP, do PSB e do DEM e agora trabalha para atrair o PDT, acenando até com espaço para o partido no governo.
Ele apressou essa movimentação para assegurar que os acordos com aliados sejam costurados antes de o PSDB definir seu candidato.
O partido marcou prévias para janeiro, mas entusiastas da aliança com Kassab querem adiar a consulta interna para março. Kassab trabalha para conseguir que os tucanos apoiem o vice-governador Guilherme Afif (PSD) à sua sucessão, indicando um vice na chapa do PSD.
A articulação conta com resistências dentro do PSDB, que, hoje, já tem quatro pré-candidatos à prefeitura: os secretários Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia) e o deputado federal Ricardo Trípoli.
O adiamento das prévias serviria para ampliar a pressão sobre o ex-governador José Serra, que se nega a entrar na disputa, mas é apontado como candidato que solucionaria o impasse sobre a aliança com Kassab e evitaria um gesto de Alckmin sobre a aliança com o PSD.
Há cerca de duas semanas, o governador jantou com o deputado Paulo Maluf, presidente estadual do PP -o primeiro afago à sigla foi em maio, quando o governador nomeou um aliado de Maluf para a presidência da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano).
Na última quinta-feira, marcou um encontro com o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, presidente estadual do PDT.
Antes, fez chegar aos ouvidos do líder sindical que, em nome de uma aliança na eleição para a prefeitura, abriria espaço ao PDT no primeiro escalão do governo.
O governador também trabalha pela permanência do DEM em sua base.
Parceiro nas últimas eleições, o partido -que perdeu 20 deputados para a legenda criada por Kassab- se incomodou com a articulação de uma aliança com o PSD.
Como retaliação, deflagrou conversas com o PMDB, que lançará o deputado Gabriel Chalita para a prefeitura.
O presidente estadual do DEM, Alexandre Moraes, esteve com Alckmin na última semana. Ouviu do governador que o partido continua sendo "o parceiro preferencial do PSDB na capital".


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