São Paulo, terça-feira, 08 de julho de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Banco Central
"César Benjamin (Opinião, 3/7) fala sobre as operações de swap praticadas pelo Banco Central como se fossem um grande escândalo. São operações típicas de mesa de BC, praticadas em todo o mundo. No caso dos swaps cambiais, representam apenas uma forma tradicional de intervenção no mercado de câmbio. Tais operações têm o propósito de estabilizar o mercado, tanto para cima quanto para baixo, de acordo com as circunstâncias.
São feitas de forma transparente e não têm por objetivo buscar resultado direto, apenas evitar os muito maiores prejuízos sociais decorrentes de uma crise econômica. Em 2002 tratava-se de um momento de pânico, uma crise de confiança, que muito mais poderia ter custado à sociedade. Por acaso as vendas de dólares a taxas elevadíssimas feitas então até acabaram dando resultado contábil positivo para o BC, mas este não é o cálculo social correto, assim como também não cabe calcular o custo direto do acúmulo de reservas cambiais, que tanto benefício trouxe ao país. É preciso levar em conta o contexto da política econômica no momento em questão e o impacto social das ações. O tema é complexo e merece discussão, mas como tema de política econômica, não como pseudo-escândalo discutido fora de contexto e sem competência técnica."
ARMINIO FRAGA NETO , ex-presidente do Banco Central (Rio de Janeiro, RJ)

Lei seca
"Eu me pergunto por que o governo quer tolerância zero para o cidadão que bebe e, ao mesmo tempo, tolera a propaganda de bebidas na televisão, que atinge a todos?"
NEWTON B. G. DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

Reforma política
"A reportagem de Antônio Gois de 7/7 é muito relevante, pois constata que 32% das cidades do país tiveram sua população diminuída. Esta mudança demográfica deveria subsidiar uma reforma política no Brasil. Dos atuais 5.500 municípios, 30% não têm renda própria: dependem de transferências de verbas federais. Estes pequenos municípios têm prefeito e vereadores, mas não têm hospitais e escolas adequadas. São pseudo-municípios criados para fins "eleitoreiros", tanto assim que suas populações encolheram."
JOSÉ ROBERTO MEDINA LANDIM (Ribeirão Preto, SP)

Quarta Frota
"No dia 24 de abril, a Marinha dos Estados Unidos anunciou o restabelecimento do quartel-general da Quarta Frota em reconhecimento à excelente cooperação, amizade e interesses mútuos nas Américas entre a nossa Marinha e as marinhas da região. Não há navios permanentemente alocados à Quarta Frota, como também não existe a intenção de se manter navios na região permanentemente. A Quarta Frota não terá tropas permanentes nem porta-aviões. Sua equipe, comandada por um contra-almirante, receberá mais 40 integrantes em acréscimo à sua configuração atual de 80 membros, com base em Mayport, Flórida. Essa equipe será muito mais eficiente para executar operações que promovam e fortaleçam a construção de coalizões, o desenvolvimento das capacidades dos países parceiros e o aumento da cooperação marítima."
JIM STAVRIDIS , almirante da Marinha dos Estados Unidos (Miami, Flórida)

Alstom
"Sobre a matéria publicada no dia 4 sobre a Alstom, não encontro explicação plausível para a inclusão e destaque dado ao meu nome. Menos ainda para o fato de substituir resposta dada ao repórter um dia antes, por trechos desconexos pinçados de matérias antigas sobre planilhas cuja veracidade nem mesmo as investigações, feitas à época pelo Ministério Público Federal e Receita Federal, comprovaram. A matéria é uma junção de fatos que não encaixam. Vejam:
a) A reportagem diz que duas empresas do grupo francês são citadas em planilhas eletrônicas de arrecadação do Comitê Financeiro do PSDB em 1998. Essas planilhas não foram reconhecidas como verídicas em investigações do Ministério Público Federal.
b) As tais planilhas me atribuiriam uma missão: buscar recursos. Estranho que um jornalista extraia missões de planilhas e ainda o afirme categoricamente Deixei sempre claro, e a própria reportagem menciona este fato, que não foi este o meu papel na campanha de 1998;
c) Trechos seguintes escritos na seqüência: "As estatais de energia eram as principais clientes da Alstom... Porém, não era atribuída à Cegelec e à ABB (da Alstom) nenhuma meta de arrecadação. A planilha também não informou se elas deram dinheiro ao PSDB em 1998.
Em 1998, Matarazzo acumulou os cargos de secretário (de Energia) e Presidente da Cesp, justamente uma das principais clientes da Alstom". Além da desconexão clara, há um fato escancaradamente falso.
Jamais acumulei o cargo de presidente executivo da Cesp com o de secretário de Energia. Como já disse, escrevi e ratifiquei à própria Folha, fui secretário de Energia por seis meses, entre janeiro de 1998 e julho de 1998. A matéria cita memorandos trocados entre diretores da Alstom em 1997 onde "um diretor da Cegelec em Paris diz estar disposto a pagar 7,5% para obter um contrato de R$110 milhões da Eletropaulo". Em 1997 eu era presidente executivo da Cesp e nada tinha a ver com qualquer assunto da Eletropaulo, muito menos contratos.
Estes são apenas alguns exemplos, mas há vários outros. Como a tentativa de vincular minha gestão como ministro-chefe de Comunicação da Presidência a contratos da Alstom com a União. Vejam: "Com a reeleição de FHC, Matarazzo assumiu no ano seguinte o cargo de ministro-chefe de Comunicação da Presidência. A Alstom, um dos maiores grupos do mundo na área de energia e transportes, tinha contratos à época também com estatais da União, como Petrobras, Eletrobrás e Itaipu". Mais do que indignação, reportagens como esta provocam em mim sentimentos de desesperança e tristeza. É lamentável que os fatos percam repetidamente para versões, mesmo quando elas não se sustentam ao primeiro confronto com a realidade."
ANDREA MATARAZZO , secretário de Subprefeituras (São Paulo, SP)

Resposta dos jornalistas José Ernesto Credendio, Mario Cesar Carvalho e Andrea Michael - Quem diz que Andrea Matarazzo arrecadou para a campanha da reeleição de FHC é o tesoureiro oficial do PSDB, Luiz Carlos Bresser Pereira. Sobre o acúmulo de cargos em 1998, leia a seção "Erramos".

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