|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAINEL DO LEITOR
O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Banco Central
"César Benjamin (Opinião, 3/7)
fala sobre as operações de swap
praticadas pelo Banco Central como se fossem um grande escândalo.
São operações típicas de mesa de
BC, praticadas em todo o mundo.
No caso dos swaps cambiais, representam apenas uma forma tradicional de intervenção no mercado de
câmbio. Tais operações têm o propósito de estabilizar o mercado,
tanto para cima quanto para baixo,
de acordo com as circunstâncias.
São feitas de forma transparente e
não têm por objetivo buscar resultado direto, apenas evitar os muito
maiores prejuízos sociais decorrentes de uma crise econômica.
Em 2002 tratava-se de um momento de pânico, uma crise de confiança, que muito mais poderia ter
custado à sociedade. Por acaso as
vendas de dólares a taxas elevadíssimas feitas então até acabaram
dando resultado contábil positivo
para o BC, mas este não é o cálculo
social correto, assim como também
não cabe calcular o custo direto do
acúmulo de reservas cambiais, que
tanto benefício trouxe ao país. É
preciso levar em conta o contexto
da política econômica no momento
em questão e o impacto social das
ações. O tema é complexo e merece
discussão, mas como tema de política econômica, não como pseudo-escândalo discutido fora de contexto e sem competência técnica."
ARMINIO FRAGA NETO , ex-presidente do Banco
Central (Rio de Janeiro, RJ)
Lei seca
"Eu me pergunto por que o governo quer tolerância zero para o cidadão que bebe e, ao mesmo tempo,
tolera a propaganda de bebidas na
televisão, que atinge a todos?"
NEWTON B. G. DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)
Reforma política
"A reportagem de Antônio Gois
de 7/7 é muito relevante, pois constata que 32% das cidades do país tiveram sua população diminuída.
Esta mudança demográfica deveria
subsidiar uma reforma política no
Brasil. Dos atuais 5.500 municípios,
30% não têm renda própria: dependem de transferências de verbas federais. Estes pequenos municípios
têm prefeito e vereadores, mas não
têm hospitais e escolas adequadas.
São pseudo-municípios criados para fins "eleitoreiros", tanto assim
que suas populações encolheram."
JOSÉ ROBERTO MEDINA LANDIM (Ribeirão Preto,
SP)
Quarta Frota
"No dia 24 de abril, a Marinha dos
Estados Unidos anunciou o restabelecimento do quartel-general da
Quarta Frota em reconhecimento à
excelente cooperação, amizade e
interesses mútuos nas Américas
entre a nossa Marinha e as marinhas da região. Não há navios permanentemente alocados à Quarta
Frota, como também não existe a
intenção de se manter navios na região permanentemente. A Quarta
Frota não terá tropas permanentes
nem porta-aviões. Sua equipe, comandada por um contra-almirante,
receberá mais 40 integrantes em
acréscimo à sua configuração atual
de 80 membros, com base em Mayport, Flórida. Essa equipe será muito mais eficiente para executar operações que promovam e fortaleçam
a construção de coalizões, o desenvolvimento das capacidades dos
países parceiros e o aumento da
cooperação marítima."
JIM STAVRIDIS , almirante da Marinha dos Estados
Unidos (Miami, Flórida)
Alstom
"Sobre a matéria publicada no dia
4 sobre a Alstom, não encontro explicação plausível para a inclusão e
destaque dado ao meu nome. Menos ainda para o fato de substituir
resposta dada ao repórter um dia
antes, por trechos desconexos pinçados de matérias antigas sobre
planilhas cuja veracidade nem mesmo as investigações, feitas à época
pelo Ministério Público Federal e
Receita Federal, comprovaram. A
matéria é uma junção de fatos que
não encaixam. Vejam:
a) A reportagem diz que duas empresas do grupo francês são citadas
em planilhas eletrônicas de arrecadação do Comitê Financeiro do
PSDB em 1998. Essas planilhas não
foram reconhecidas como verídicas
em investigações do Ministério Público Federal.
b) As tais planilhas me atribuiriam uma missão: buscar recursos.
Estranho que um jornalista extraia
missões de planilhas e ainda o afirme categoricamente Deixei sempre
claro, e a própria reportagem menciona este fato, que não foi este o
meu papel na campanha de 1998;
c) Trechos seguintes escritos na
seqüência: "As estatais de energia
eram as principais clientes da Alstom... Porém, não era atribuída à
Cegelec e à ABB (da Alstom) nenhuma meta de arrecadação. A planilha também não informou se elas
deram dinheiro ao PSDB em 1998.
Em 1998, Matarazzo acumulou os
cargos de secretário (de Energia) e
Presidente da Cesp, justamente
uma das principais clientes da Alstom". Além da desconexão clara, há
um fato escancaradamente falso.
Jamais acumulei o cargo de presidente executivo da Cesp com o de
secretário de Energia. Como já disse, escrevi e ratifiquei à própria Folha, fui secretário de Energia por
seis meses, entre janeiro de 1998 e
julho de 1998. A matéria cita memorandos trocados entre diretores da
Alstom em 1997 onde "um diretor
da Cegelec em Paris diz estar disposto a pagar 7,5% para obter um
contrato de R$110 milhões da Eletropaulo". Em 1997 eu era presidente executivo da Cesp e nada tinha a
ver com qualquer assunto da Eletropaulo, muito menos contratos.
Estes são apenas alguns exemplos, mas há vários outros. Como a
tentativa de vincular minha gestão
como ministro-chefe de Comunicação da Presidência a contratos da
Alstom com a União. Vejam: "Com a
reeleição de FHC, Matarazzo assumiu no ano seguinte o cargo de ministro-chefe de Comunicação da
Presidência. A Alstom, um dos
maiores grupos do mundo na área
de energia e transportes, tinha contratos à época também com estatais
da União, como Petrobras, Eletrobrás e Itaipu". Mais do que indignação, reportagens como esta provocam em mim sentimentos de desesperança e tristeza. É lamentável
que os fatos percam repetidamente
para versões, mesmo quando elas
não se sustentam ao primeiro confronto com a realidade."
ANDREA MATARAZZO , secretário de Subprefeituras (São Paulo, SP)
Resposta dos jornalistas José
Ernesto Credendio, Mario Cesar Carvalho e Andrea Michael -
Quem diz que Andrea Matarazzo arrecadou para a campanha
da reeleição de FHC é o tesoureiro oficial do PSDB, Luiz Carlos Bresser Pereira. Sobre o
acúmulo de cargos em 1998, leia a seção "Erramos".
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br
Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman
Texto Anterior: Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira: O problema não é Temporão
Próximo Texto: Erramos Índice
|