São Paulo, domingo, 21 de outubro de 2007


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Empresário deve ter cautela ao tentar obter um financiamento

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A euforia do mercado com a crescente demanda por linhas de crédito para as micro e pequenas empresas é vista com reservas pela professora de finanças da Fundação Dom Cabral, Virgínia Izabel de Oliveira.
A falta de informação sobre a real necessidade do empréstimo e as melhores formas de pagamentos e aplicações dos recursos são um prenúncio de um desequilíbrio que deverá ocorrer no mercado em curto prazo.
"Tudo é muito novo e somente com o amadurecimento dessa economia é que teremos bons créditos", afirma Oliveira.
Para evitar o pesadelo de se endividar ou fechar a empresa, o diretor de administração e finanças do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Carlos Alberto dos Santos, orienta o empresário a procurar consultoria antes de pedir o crédito.
Segundo Santos, é muito comum descobrir que a necessidade de crédito foi gerada por uma má gestão da empresa.
"E contrair mais dívida não irá resolver o problema", diz.

Os sem-garantia
Para atender a empresas sem garantias, que têm dificuldades para obter empréstimo no sistema financeiro, o Brasil deve adotar em breve as sociedades de garantia de crédito.
Esses grupos, explica Santos, funcionam como o crédito consignado, em que o salário do trabalhador é dado como uma garantia para os bancos.
A diferença é que a sociedade é um tipo de cooperativa que dá o aval aos associados. Há um projeto piloto no Rio Grande do Sul e outros estão previstos para São Paulo e Paraná.

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