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Empresário deve ter cautela ao tentar obter um financiamento
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A euforia do mercado com a
crescente demanda por linhas
de crédito para as micro e pequenas empresas é vista com
reservas pela professora de finanças da Fundação Dom Cabral, Virgínia Izabel de Oliveira.
A falta de informação sobre a
real necessidade do empréstimo e as melhores formas de pagamentos e aplicações dos recursos são um prenúncio de um
desequilíbrio que deverá ocorrer no mercado em curto prazo.
"Tudo é muito novo e somente com o amadurecimento dessa economia é que teremos
bons créditos", afirma Oliveira.
Para evitar o pesadelo de se
endividar ou fechar a empresa,
o diretor de administração e finanças do Sebrae-SP (Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas), Carlos
Alberto dos Santos, orienta o
empresário a procurar consultoria antes de pedir o crédito.
Segundo Santos, é muito comum descobrir que a necessidade de crédito foi gerada por
uma má gestão da empresa.
"E contrair mais dívida não
irá resolver o problema", diz.
Os sem-garantia
Para atender a empresas sem
garantias, que têm dificuldades
para obter empréstimo no sistema financeiro, o Brasil deve
adotar em breve as sociedades
de garantia de crédito.
Esses grupos, explica Santos,
funcionam como o crédito consignado, em que o salário do
trabalhador é dado como uma
garantia para os bancos.
A diferença é que a sociedade
é um tipo de cooperativa que dá
o aval aos associados. Há um
projeto piloto no Rio Grande do
Sul e outros estão previstos para São Paulo e Paraná.
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