DA REDAÇÃO

Israel libertou ontem 198 prisioneiros palestinos, iniciativa que visa reforçar o processo de paz com a Autoridade Nacional Palestina (ANP), mediado pelos EUA.
Apresentada por Israel como um "gesto de boa vontade", a libertação dos palestinos ocorreu no mesmo dia da chegada a Tel Aviv da secretária de Estado americana, Condoleezza Rice. Ela terá encontros hoje com lideranças dos dois lados, em mais uma tentativa dos EUA de obter um acordo de paz até o fim deste ano, -o que é dado como improvável. O mandato de George W. Bush termina em janeiro próximo.
Entre os libertados estão dois palestinos que cumpriam pena de prisão perpétua havia três décadas por atentados que causaram morte de israelenses.
Segundo a France Presse, é a primeira vez que Israel liberta sem contrapartida palestinos com "sangue nas mãos", o que causou críticas da oposição israelense. A última libertação unilateral de palestinos por Israel remonta a dezembro, quando 429 foram soltos -mas nenhum acusado de mortes.
Ao saudar os ex-prisioneiros como heróis, o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, cobrou a libertação dos outros palestinos presos em Israel. "Não ficaremos tranqüilos até que sejam soltos os 11 mil", afirmou Abbas. Segundo a Associated Press, o número correto é 9.000.